Depois da presença de Zelensky em Madrid, onde o presidente ucraniano fechou um importante acordo de cariz militar, a próxima paragem da sua visita ao território ibérico foi Lisboa. Na capital portuguesa, que reforçou a sua segurança devido a presença deste político (considerado uma das pessoas mais influentes do mundo para a revista «Time»), reuniu-se com Luís Montenegro e Marcelo Rebelo de Sousa.
No acordo com o Governo português, e que terá uma duração de dez anos, estabeleceu-se o apoio a Ucrânia para a adesão não só a União Europeia mas também a NATO. Já a nível militar, o apoio será de 126 milhões de euros, para além de contribuir para o treino de pilotos de F-16. O líder ucraniano agradeceu ao «país amigo» que o recebeu nesta primeira visita a Portugal, local com uma vasta comunidade de ucranianos. «O combate da Ucrânia é de todos nós», disse Montenegro.
Portugal pode ter um papel importante no apoio a Ucrânia no seio da lusofonia num período em que a Rússia estabeleceu acordos militares com São Tomé e Príncipe ou a Guiné-Bissau. Para além do papel diplomático que Lisboa pode desempenhar, a comitiva de Zelensky não esquece Guterres como secretário-geral da ONU e acredita que António Costa poderá desempenhar um alto cargo no contexto europeu.
Antes desta visita, o Palácio de Belém recebeu o presidente da República Dominicana, Luis Abinader. Nesta visita, a primeira após as recentes eleições, discutiu-se sobre o importante fluxo turístico que sai de Portugal em direção ao país caribenho. A IA foi outro tema central na agenda desta visita. Na habitual conferência de imprensa, Marcelo anunciou a participação dos dois países na cimeira da paz que vai acontecer na Suíça, em Junho.
