A barragem do Alqueva vai receber a maior central flutuante da Europa. Depois do projeto-piloto instalado na barragem do Alto Rabagão, em 2017, chegou a altura da maior barragem do ocidente europeu receber uma central que pretende complementar a energia solar e hidroeléctrica entre si. Doze mil painéis solares flutuantes foram instalados nesta barragem alentejana por dois rebocadores.
Com um tamanho semelhante a quatro campos de futebol, este espaço, construído pela EDP, pretende diminuir a dependência de combustíveis fósseis. Esta central vai começar a produzir energia já em Julho e será capaz de produzir cinco megawatts (MW). As baterias de lítio existentes serão capazes de armazenar 2 GWh. Durante um ano serão capazes de produzir 7,5 GWh.
A energia aqui produzida vai custar um terço menos comparando com a que sai de uma central a gás. Mesmo não sendo muito dependente do combustível proveniente da Rússia, a energia em território português também sentiu o aumento dos preços que este conflito trouxe. Para além de produzir eletricidade para uso familiar, a central flutuante vai usar a energia produzida em excesso nos dias de mais calor vai ser usada para bombear a água de volta para a albufeira.
Esta central vai fornecer eletricidade a 1500 famílias que vivem nas imediações da barragem do Alqueva, nas povoações de Moura e de Portel. A central faz parte do objetivo que a EDP tem de se tornar 100% verde até ao fim desta década. O projeto ainda não entrou em produção mas a companhia já está a preparar um segundo parque solar flutuante com uma capacidade de 70 megawatts.
Existem centrais fotovoltaicas colocadas em lagos e no mar. Aqui mesmo na Europa existem várias e muito maiores do que aquela que vai ser instalada no Alqueva. Aquela que vai nascer no Alentejo será a maior instalada numa barragem.