O Cardeal Tolentino de Mendonça, que para além de ser teólogo e poeta, recebeu a edição deste ano do prémio Eduardo Lourenço. O galardão é uma iniciativa do Centro de Estudos Ibéricos. O prêmio distingue quem tem intervenção relevante no âmbito da cultura, cidadania e cooperação ibéricas. O poeta, escritor e teólogo, que é perfeito do Dicastério para a Cultura e Educação no Vaticano (o equivalente a uma mistura entre ministro da Cultura e da Educação). Como tal, Tolentino Mendonça dedicou este prémio aos professores.
O vencedor costuma receber uma compensação monetária de 7.500 euros. O poeta e teólogo Tolentino de Mendonça venceu o Prémio Eduardo Lourenço 2025. O júri do prémio foi constituído pelos membros da direcção do CEI: presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa, e os vice-reitores das Universidades de Coimbra (UC) e de Salamanca (USAL), Delfim Leão e Matilde Olarte. Segundo o galardoado, «o legado» do pensador e mentor do CEI é «relevar o papel da Educação e da figura do professor». Tolentino de Mendonça revelou que os 10 mil euros do Prémio Eduardo Lourenço serão doados para a recuperação da Casa da Juventude de Franciscus, na Guarda, no antigo Lar Académico, que vai ser dedicada aos jovens.
A escolha por Tolentino Mendonça foi unânime. Esta foi a 21.ª edição do Prémio Eduardo Lourenço, que foi instalado em 2004. Este prémio já foi ganho pela escritora Lídia Jorge, a Fundação José Saramago ou a pianista Maria João Pires.
Para D. José Tolentino Mendonça, Eduardo Lourenço foi um mestre que ensinou o idioma espiritual das duas nações ibéricas. O Cardeal, que esteve entre os candidatos a Papa e vive no Vaticano desde 2018, comentou, recentemente, sobre o mais recente disco da Rosalia. Para o Cardeal madeirense «as línguas são pontes que constroem a humanidade».
