Segundo um estudo elaborado pela Universidade de Vigo, o Mirandês está numa situação «muito crítica». Segundo o estudo, existem 3.500 o número de pessoas que conhecem a língua, com cerca de 1.500 a usá-la regularmente. O estudo foi realizado graças a realização de 350 inquéritos feitos à população do concelho de Miranda do Douro. O coordenador do estudo Presente e Futuro da Língua Mirandesa, o professor Xosé-Henrique Costas, defendeu que a «utilização do mirandês teve uma quebra de 50% no que se refere ao número de falantes. A este ritmo, este idioma desaparece em menos de 20 anos».
As autoridades portuguesas «têm a obrigação de proteger e salvaguardar o mirandês para toda a humanidade, como protege e investe no lince ibérico ou nas florestas autóctones», defende. Para combater esta desvalorização da língua, é necessária uma nova lei para que o Mirandês ganhe uma nova vitalidade. Este foi o primeiro trabalho feito por uma universidade espanhola em Mirandês.
Isto está a acontecer muito devido ao abandono das entidades públicas e privadas deste língua que é a segunda oficial do país. O Mirandês deveria, já que é a segunda língua, ser mais usado na educação, na administração local e regional (alguns documentos já são escritos neste idioma) ou nos intercâmbios transfronteiriços. O Mirandês é bastante identificado, pelos locais, com a ruralidade e a pobreza.
Por mais que o Mirandês seja ensinado nas escolas, este não é muito usado fora das salas de aula ou do seio familiar. Os mais novos são aqueles que menos falam a língua e isto deve-se bastante ao uso massivo que os meios de comunicação fazem do português.