O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, esteve em Braga para participar na conferência «Fundos Confederação: o Minho e a Galiza». Sobre a execução dos fundos europeus, Rebelo de Sousa alertou para a necessidade de se executar o Plano de Recuperação e Resiliência de forma adequada pois nem portugueses nem espanhóis «perdoariam» caso isso acontecesse. A execução dos fundos vai necessitar de um trabalho em conjunto entre o Estado, Administração Central, Comissões de Coordenação e Direcções Regionais e o poder autárquico.
Para o presidente, a implementação do PRR e a recuperação económica e social está assente na conjugação entre os empresários, representantes do mundo do trabalho e trabalhadores. «Quem cria a riqueza são os trabalhadores e os empresários», disse o chefe de Estado sobre o difícil momento que o país e o mundo ainda enfrentam já que a pandemia ainda é uma realidade e a recuperação ainda não começou. Para Marcelo Rebelo de Sousa este é um período decisivo onde se vai compreender «que o esforço é de todos» e a luta é colectiva pois o país nunca recebeu tantos fundos europeus. O presidente reforçou a vontade que tem que é ver mais investimento privado nacional e estrangeiro em Portugal.
Empresários e agentes políticos pedem uma maior coesão territorial
No fim desta conferência, que foi organizada pela Confederação Empresarial da Região do Minho (CONFMINHO), os empresários e agentes políticos do Norte de Portugal e da Galiza concordaram na necessidade de se aproveitar ao máximo as oportunidades que o quadro financeiro plurianual 2021-2027 traz. A necessidade de uma linha de TGV entre Porto-Vigo, vista por Pedro Nuno Santos como essencial para «a descolagem económica da Eurorregião», e a capacidade que a região apresenta para receber projectos de mobilidade eléctrica, estando alguns presentes no PRR, foram algumas das ideias apresentadas como ideais para a consolidação da zona norte e da Galiza.
«Os Governos ibéricos têm que reconhecer a integração excepcional da nossa Raia e criar um mecanismo para salvaguardar a sua singularidade social e económica», defendeu António Cunha, presidente da CCDR-N e da Comunidade de Trabalho Galiza-Norte de Portugal. Uma maior coesão territorial foi o pedido que fechou este encontro.
Secretariado executivo da CPLP recebeu embaixadora de Espanha em Portugal
Zacarias da Costa, secretário executivo da CPLP, recebeu na sede que a organização tem em Lisboa a embaixadora de Espanha em Portugal, Marta Betanzos Roig. Desde a Cimeira de Luanda, onde a Comunidade de Países de Língua Portuguesa celebrou 25 anos, que o Reino de Espanha tem a categoria de Observador Associado. Este estatuto é compartilhado com o Principado da Andorra ou as Repúblicas do Chile e do Peru.