Foi no dia 5 de Outubro de 1910 que foi implementada a República em Portugal, terminando com uma monarquia de 767 anos. Os herdeiros da casa de Bragança ainda vivem no país. A proclamação aconteceu depois de um conflito militar que aconteceu às portas da cidade de Lisboa.
Como é habitual no 5 de Outubro, data em que se implementou a República em Portugal, o presidente da Câmara de Lisboa recebeu o chefe de Estado e o chefe do Governo na varanda do edifício e juntos alçaram a bandeira verde e vermelha. Poucos foram as populares que viram a cerimónia na praça do município. Foram mais os turistas que viram as principais figuras da política portuguesa.
No final das comemorações, os membros do Executivo municipal tiraram uma selfie e gritaram: «Viva a República!». Depois de ter participado no evento, Luís Montenegro voltou a juntar-se a campanha autárquica. José Pedro Aguiar-Branco também esteve presente. Esta data foi celebrada a poucos dias das autárquicas e com as eleições presidenciais marcadas para Janeiro do próximo ano. Não existiram discursos na cerimónia oficial dos 115 anos da Implantação da República. Apenas a habitual guarda de honra ou o hino nacional.
O presidente da República de Portugal, que viveu o seu último 5 de Outubro no cargo, não discursou mas decidiu colocar uma nota no site da Presidência para falar sobre este feriado. Para Marcelo Rebelo de Sousa, é preciso «estar a altura, na prática política e constitucional», dos valores da República. Também pediu um «compromisso» para manter a «República e a Democracia». Entre linhas, podemos retirar deste discurso a preocupação com o aumento dos populismos e o ataque aos direitos básicos. Um dos candidatos a presidente da República, o socialista António José Seguro, lamentou que na República os «preços das casas estejam inacessíveis e as urgências fechadas».