Em 2019, a União Europeia foi responsável pela pesca de quatro milhões de toneladas de peixe. Para renovar, já que ninguém quer ser pescador na Europa, a Comissão vai tentar atrair novas gerações. Segundo os eurodeputados, a pesca é «um sector determinante para a alimentação e a economia».
No Atlântico Noroeste, local chave para a frota portuguesa (e onde se encontra uma boa parte da sua ZEE), 80% do que é pescado é feito por barcos que navegam com pavilhão luso ou espanhol. É nesta parte do oceano que 70% do peixe consumido no continente europeu provém. Os ibéricos são dos que mais pescam mas também mais consomem na Europa.
Os portugueses são os europeus que mais consomem pescado e da lista dos peixes favoritos temos o: bacalhau, sardinha ou o peixe-espada. Os portugueses consomem, em média, 61,5 kg de pescado por pessoa, sendo o país da União Europeia que mais consome e o terceiro a nível mundial. A aquicultura também tem muita saída. Esta procura obriga a que Portugal importe dois terços do pescado que chega aos pratos mais típicos da gastronomia lusitana.
Se os portugueses são os europeus que mais consomem, os espanhóis são os que mais pescam. Espanha representa 20,6% do peixe capturado na União. O Atlântico sudoeste é praticamente exclusivo aos barcos de pesca espanhóis mas as embarcações lusas também têm têm capturas registadas nesta zona, só que com números muito residuais. No que toca ao consumo, os espanhóis, os segundos neste ranking, comem 46 quilos de peixe por pessoa.
Estes dados, do Eurostat, fazem parte do relatório do Estado da União para 2021.