Felipe VI ligou a Marcelo Rebelo de Sousa para demonstrar a sua solidariedade no dia em que chegou um grupo de bombeiros vindos de Espanha

Para além da possibilidade do reforço de meios aéreos vindos de Espanha, Marrocos também respondeu de forma positiva ao pedido de ajuda feito pelo Governo português

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Portugal continua a ser fustigado pelos incêndios, em especial no centro e norte do país, e o número de vítimas mortais (diretas e indiretas) está em sete, para além das inúmeras infraestruturas afetadas (como é o caso dos passadiços do Paiva). Nos municípios afetados foi acionado o estado de calamidade. Se alguns dos incêndios parecem começar a ficar controlados, outros ainda estão muito perigosos e até ao momento já existiram 123 feridos. A situação continua muito difícil, com dezenas de incêndios (há 24 horas eram centenas) ativos. Mais de 3.000 operacionais estão mobilizados para 44 incêndios em curso. Há várias companhias do sul do país a combater nestes incêndios.

Depois de ter desmarcado a visita que deveria fazer a Espanha esta semana, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa recebeu um telefonema do rei Felipe VI. Em Portugal já estão a operar, como podemos ver em vários videos nas redes sociais, dois Canadairs mas o monarca já se demonstrou disponível para «reforçar apoios aéreos» e outras formas que o Governo espanhol possa disponibilizar para ajudar as populações afetadas. Em Portugal também estão a operar aviões franceses e italianos e estão a caminho aeronaves vindas de Marrocos. Ainda durante esta madrugada, chegaram a Portugal 230 bombeiros espanhóis para ajudarem a combater os incêndios florestais. Este grupo, o UME (Unidad Militar de Emergencias), foi colocado um pouco por todo o municipio de São Pedro do Sul. Os operacionais espanhóis chegaram para ajudar e render os operacionais portugueses exaustos de tanto trabalho. O Governo de Montenegro garante apoios «muito em breve» para habitação e emprego afetados pelo fogo.

Esta ajuda foi pedida pela ministra da Administração Interna, Margarida Blasco. O pedido, feito aos seus homólogos de Espanha e de Marrocos, têm como base acordos bilaterais feitos com estes dois países. Até ao momento, mais de 106 mil hectares arderam em Portugal continental desde domingo. Para além de estarem a ajudar a combater os incêndios, a população civil também está a fazer trabalho de retaguarda ao alimentar os bombeiros exaustos e uma conhecida cadeia de fast-food anunciou que até ao dia 4 de Outubro os membros do corpo de bombeiros não pagarão as suas refeições nestes espaços. O combate tem sido inglório e feito com poucos meios.

Durante a chamada, o monarca espanhol transmitiu «a sua total solidariedade e do povo espanhol» face à tragédia provocada pelos incêndios. Outra ajuda preciosa no combate às chamas está a ser dada com a descida da temperatura e da intensidade do vento e com a possibilidade de chuva para as zonas mais afetadas prevista para sexta-feira. A Proteção Civil voltou a apelar para que se use máscara nos locais mais afetados devido a pobre qualidade do ar.

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