A 82.ª edição da Volta a Portugal já está na estrada e vai terminar no próximo domingo, dia 15 de Agosto, com um contra-relógio na cidade de Viseu. Esta prova, que começou em Lisboa, é composta por 10 etapas e uma distância total de 1 568,2 kms. O público voltou a sair às ruas para ver o plantão passar passar pelas estradas portuguesas nos seus pontos mais importantes, como é o caso da subida a Torre (na Serra da Estrela) e da subida ao Alto da Senhora da Graça, um muro de 8.5 kms com uma grande inclinação.
A primeira edição da Volta a Portugal em bicicleta ocorreu em 1927, sendo uma das mais antigas do mundo (é 8 anos mais velha que a Vuelta), e nos primeiros anos seguiu o traçado da fronteira. Ao longo da história, esta prova não aconteceu por cinco vezes, uma delas por falta de organizador, e coincidiu com a: Guerra Civil espanhola, a II Guerra Mundial, o 25 de Abril e a pandemia da Covid-19 (houve uma prova especial em Setembro de 2020).
Esta competição, que no calendário antecede a Vuelta, perdeu algum do seu prestígio na década de 80 mas a disputa pela camisola amarela e os Prémio de Montanha, Pontos e Juventude continua bem acesa. No top dos maiores vencedores da Volta a Portugal, com cinco conquistas, está o ciclista galego David Blanco, que em 2012 ultrapassou o português Marco Chagas que tinha quatro vitórias na prova portuguesa.
Antes de chegar ao fim da principal prova de ciclismo nas estradas portuguesas, a Volta está a sofrer com vários casos de Covid-19 que levaram ao afastamento de 10 ciclistas e três equipas, as espanholas Caja Rural, Euskatel-Euskadi e a Ken Pharma, que viu o seu plantão reduzido. Mesmo com estes abandonos, a organização da prova não pensa terminar antes do tempo a prova que tem como camisola amarela (com apenas 5 segundos de vantagem) Alejandro Marque, Amaro Antunes está em segundo lugar.