Um dos símbolos da cidade de Lisboa, o elevador (funicular, em espanhol) da Glória, caiu provocando no mínimo 16 mortos e mais de uma dezena de feridos (cinco em estado grave). Ainda sabe-se pouco sobre as nacionalidades dos envolvidos. Até ao momento, apenas se sabe que há portugueses e sul-coreanos envolvidos (nos feridos). O elevador tem capacidade para 43 pessoas e já tinha descarrilado em Maio de 2018, mas sem feridos a registar na altura.
Devido a este acidente, o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, cancelou a Festa do Livro, que deveria acontecer já a partir de amanhã no Palácio de Belém. O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, manifestou-se «chocado com o acidente do Elevador da Glória» e defendeu que é preciso apurar «exaustivamente as causas que originaram esta tragédia». O elevador da Glória é um dos mais antigos a operar na cidade de Lisboa.
«É com tristeza que tomei conhecimento do descarrilamento do famoso ‘Elevador da Glória’. Os meus sentimentos estão com as famílias das vítimas», escreveu Úrsula Von der Leyen na rede social X. Para o Governo português, «a prioridade imediata» é «o socorro às vítimas».
Os planos de contingência nos hospitais mais próximos, Santa Maria, Amadora, Cascais e São Francisco, foram ativados (as ruas destes hospitais estão fechadas para que as ambulâncias cheguem mais rapidamente) e muitos populares estão a ir ao local onde este elevador partia para saberem notícias de familiares e amigos que pudessem estar a bordo.
O elevador da Glória, mais que um meio de transporte é uma atração turística
Este elevador é muito usado não só por turistas como pelos locais. Este elevador costuma transportar dezenas de milhares de pessoas por ano. O mítico elevador descarrilou e ficou retorcido no chão como se fosse uma caixa de papelão. Ainda se sabe a causa deste acidente. O elevador da Glória costuma andar a uma velocidade baixa já que na subida que faz existem curvas apertadas. Assim que houve o acidente, muitas pessoas tentaram socorrer os feridos e existem mesmo filmagens amadoras.
O autarca Carlos Moedas descreve este dia como «trágico para a cidade de Lisboa» e decretou três dias de luto municipal e um dia de luto nacional. O elevador da Glória liga a praça dos Restauradores ao miradouro de São Pedro de Alcântara e tem duas carruagens a operarem constantemente. Há sempre filas de pessoas a espera para andarem neste meio de transporte, que também tem um cariz turístico. Este elevador tem 140 anos de operação e há pouco mais de dois anos foi alvo de manutenção.
O sindicato dos trabalhadores da Carris, que gere estes elevadores, apresentou queixas sucessivas, anteriormente, sobre a manutenção destas infraestruturas. A Carris já lançou um comunicado para negar a falta de manutenção deste elevador. O presidente desta instituição também esteve presente no local do acidente.
A Polícia Judiciária (PJ) está no local para perceber se o acidente pode ser explicado por uma falha técnica grave. Os bombeiros envolvidos no resgate relatam um cabo solto e que terá elevado a que o elevador descesse a calçada da Glória a alta velocidade e bate-se com violência num prédio. Os transeuntes referem que as pessoas que estavam na estrada possam ter sido apanhadas.
O acidente aconteceu por volta das 18 horas e os trabalhos de resgate envolveram mais de 60 profissionais e levou ao condicionamento da circunvalação na praça dos Restauradores e na Avenida da Liberdade. Pedro Sánchez falou o seguinte pela rede social X:
Consternado por el terrible accidente del funicular de Glória en Lisboa.
Todo nuestro cariño y solidaridad con las familias de las víctimas y con el pueblo portugués en este difícil momento.
Y nuestros deseos de pronta recuperación a las personas heridas.
— Pedro Sánchez (@sanchezcastejon) September 3, 2025
