Movimentos ibéricos pedem que o lítio seja retirado do PRR português

Associações opõem-se a que o lítio ocorra na região de fronteira e que faça parte das prioridades abrangidas pela «bazuca»

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Um conjunto de vinte e quatro movimentos e associações ibéricas, claramente contra o projecto de mineração de lítio previsto ocorrer nos dois lados da fronteira, pede que seja retirado do Plano de Recuperação e Resiliência português a vontade de criar, em conjunto com o governo espanhol, uma «fileira integrada de lítio e fabricação de baterias». Várias empresas de exploração de lítio estão interessadas em basear as suas operações em Portugal.

Sobre o investimento em lítio, que é um dos pilares do conjunto de investimentos pensados para os próximos anos, os movimentos demonstram-se claramente contra já que «não corresponde aos desejos das comunidades locais».

As comunidades «raianas» desde há vários anos alertam para os impactos, não só no ambiente como na saúde das próprias pessoas, que a mineração a céu aberto e em grande escala provoca nas suas vidas. O comunicado enviado às redacções termina afirmando que estes projectos de extracção de lítio, que vão acontecer tanto na Extremadura como em Trás-os-Montes, «sem a anuência das populações, não têm legitimidade para avançar». Algumas das organizações subscritoras são: a Associação Guardiões da Serra da Estrela, a Associação Montalegre Com Vida, Associação Unidos em Defesa de Covas do Barroso, a Plataforma Campiña Sur Sin Megaminas, Alconchel sin mina, Comarca de Olivenza sin minas Montescola (Galiza) ou a No a la mina en la Sierra de Yemas.

O Plano de Recuperação e Resiliência português apresenta 13,9 mil milhões de euros (este deverá chegar no início do verão) e prevê 36 reformas e 77 investimentos nas áreas sociais, clima e digitalização. A saúde e o cuidado com os idosos serão os dois primeiros eixos a serem beneficiados pela «bazuca» europeia.

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