A Diputación de Ourense vai impulsionar a Casa da Lusofonia como parte da Rede de Casas da Diplomacia espanhola

A Casa da Lusofonia teve um precedente, que nunca foi concluído, com o projecto Casa de Portugal em Madrid

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A Diputación de Ourense e a Associação impulsionadora da “Casa da Lusofonia” firmaram um convénio de colaboração com o objectivo de instalar em Ourense a sede da entidade cultural. O referente a seguir nesta iniciativa está no de outras instituições, como é o caso da Casa Árabe, com sede em Madrid e Córdoba, a Casa Ásia em Barcelona, a Casa da América em Madrid ou a Casa de África em Las Palmas. A ideia é unir esta casa lusófona a uma rede possuída pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol e a União Europeia.

Para José Manuel Baltar, presidente da diputación “trata-se de colocar valor na Lei 1/2014, do dia 24 de Março, para o aproveitamento da lingua portuguesa e vínculos com a lusofonia”. A citada lei compromete a Xunta da Galiza a promoção das relações a todos os níveis com os países de língua oficial portuguesa, constituindo-se este um objectivo estratégico do governo galego.

Os realizadores da proposta indica que devem ter em conta as entidades sociais que tenham trabalhado na área da lusofonia, como é o caso da Associação Galega da Lingua ou a Academia Galega da Língua Portuguesa. A estas entidades podem juntar-se outras do movimento iberista, como a Plataforma Civil Ibérica ou o Fórum Cívico Ibérico.

As actividades deste tipo de entidades incluem a facilitação comercial e económica, o debate social e político e a promoção artística e cultural.

A Casa da Lusofonia teve um precedente, que nunca foi concluído, com o projecto Casa de Portugal em Madrid, que tinha um edifício de grande dimensão e significado já atribuído, cedido pela Câmara Municipal de Madrid. Portugal tinha previsto instalar, no emblemático edifício, um centro não só cultural mas também diplomático e económico. Para além disto também ia albergar o Instituto Camões. O projecto foi suspenso em 2012, devido a crise económica, e no momento não há notícias de que possa ser retomado.

Também esta ideia da Casa da Lusofonia tinha sido reivindicada pela entidade Instituto Galego de Análise e Documentação Internacional (IGADI).

Em 2018, o então senador Luís García Mañá, eleito por Ourense, apresentou uma carta ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, solicitando o estudo e implantação da Casa da Lusofonia, recebendo uma breve declaração do ministério que negou a possibilidade.

A assinatura deste acordo e a promoção da Diputación de Ourense podem significar a concretização definitiva deste tão esperado projecto.