Reaproveitamento e economia circular são dois conceitos muito presentes na nossa sociedade. Numa altura em que várias toneladas de alimentos saudáveis vão parar ao lixo, vários espaços abertos ao público pretendem dar a volta a esta situação com o aproveitamento de excedentes. 17% desta comida que é deitada fora nunca chegam ao público mas este paradigma, aos poucos, começa a mandar.
Estes alimentos podem tanto ser entregues a instituições de cariz social, que depois as distribuem pelos mais carenciados, como serem vendidos e reaproveitados. Esta ideia está a ganhar cada vez mais adeptos em Portugal e um dos casos mais notáveis é o do Hotel Pestana CR7, em Lisboa. Com a aplicação “Too Good to Go” é possível adquirir, a preços acessíveis, os alimentos que não foram consumidos no buffet do hotel podem ser levados para casa. No Porto, um restaurante decidiu limitar a quantidade de arroz e de batatas que servem nos pratos. A medida “Dose Certa” pretende assim reduzir a quantidade de comida que é deixada nos pratos e acaba por ir parar ao lixo.
Estas são apenas duas medidas para tentar travar o desperdício alimentar que cada vez é maior. Todos os anos, para 88 milhões de toneladas são desperdiçadas na Europa.
Quando olhamos para a nossa vizinha Espanha, estes números são de 179 quilos por pessoa. No ranking dos países que mais desperdiçam no “velho continente”, Holanda, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Roménia são as nações que menos aproveitam os seus alimentos. Em Portugal, 132 quilos de comida, por ano, param nos caixotes do lixo das famílias.