Máfia do futebol português apanhada em “Fora de Jogo”

Clubes de futebol, empresários e jogadores estão entre os arguidos desta operação

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A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) fez, na passada quarta-feira, rusgas a várias sedes de clubes de futebol e de empresários de jogadores por causa da operação “Fora de Jogo”. Esta investigação, que conta com a participação do juiz Carlos Alexandre (que ficou conhecido do grande público graças ao processo contra o antigo primeiro-ministro José Sócrates), tem um inquérito aberto no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) por “suspeitas da prática de factos susceptíveis de fraude fiscal e branqueamento de capitais”.

Inúmeras buscas, em diversos clubes de futebol da primeira liga, casas particulares (uma delas foi a residência no Porto de Iker Casillas, antigo jogador do clube da cidade Invicta e actual candidato à presidência da Real Federação Espanhola de Futebol) e em cerca de cinco escritórios de advogados, procuraram indícios que pudessem indiciar uma alegada actividade criminal que ocorreu a partir do ano de 2015 e que através da ocultação e alteração de valores fez com que o estado português fosse lesado.

A operação “Fora de Jogo” tem 47 arguidos constituídos, entre os quais encontramos Luís Filipe Vieira (presidente do Benfica), a SAD do Sporting, Pinto da Costa (presidente do Porto), Osório Castro (advogado de Cristiano Ronaldo) e o super agente Jorge Mendes. Os três grandes do futebol português já responderam ao facto de terem sido tornados arguidos em mais um processo sobre corrupção e afirmam estar a colaborar com as autoridades.

Esta não é a primeira vez que o futebol português se vê “manchado” com casos de alegada corrupção. Recentemente, o hacker Rui Pinto (que actualmente se encontra preso) utilizou a plataforma Football Leaks para divulgar online informações que comprometeram várias figuras ligadas ao futebol, não só nacional como internacional.

A imprensa nacional defende mesmo que foi através das revelações feitas pelo denunciante que este processo avançou e que não são só as autoridades portuguesas que estão envolvidas nestas investigações. As autoridades tributárias de Espanha, França e do Reino Unido também contribuíram para as mesmas.

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