Novas mobilizações para a abertura de todas as passagens fronteiriças do Minho

Os autarcas do Minho avançam que vão continuar a "dar passos pela via institucional" junto da UE

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Os 26 municípios de Pontevedra (Galiza) e portugueses do Agrupamento Europeu de Cooperação Transfronteiriça (AECT) Rio Minho acordaram redobrar a pressão e “endurecer” as suas ações reivindicativas da abertura de todas as passagens da fronteira luso-espanhola com “horário pleno” para as viagens justificadas. Tal foi acordado numa reunião de urgência convocada depois do anúncio do Governo de Portugal de que vai manter a ponte internacional de Tui-Valença como o único ponto de passagem autorizado ao longo de 24 horas, ao qual se junta a abertura parcial da ponte Arbo-Melgaço durante três horas de manhã e três de tarde, o mesmo horário da passagem de Salvaterra-Monção.

Em comunicado, os autarcas do Minho avançam que vão continuar a “dar passos pela via institucional” junto da UE e do Governo português e organizar “novas ações simbólicas de mobilização social” para dar visibilidade às reivindicações de um território que se sente “afogado” e esquecido por Madrid e Lisboa. Segundo destaca o vice-diretor da AECT Rio Minho, Uxío Benítez, uma das ações acordadas é transmitir à Comissão Europeia a situação de “desamparo” dos trabalhadores e empresas que cruzam diariamente “a fronteira mais dinâmica de toda a Europa” e que o fecho que sofre “não acontece noutros territórios”.

“Vamos enviar um comunicado e pedir auxílio para que interceta perante os Estados”, avança Benítez. Os autarcas do Minho vão também manter novos contactos com o ministro da Administração Interna de Portugal, Eduardo Cabrita, a quem vão pedir que revoque a situação atual, pois é o Governo português o que mostra “maiores reticências” à abertura de novas passagens autorizadas na fronteira.

O vice-diretor destaca que “os ânimos” das empresas, camionistas e trabalhadores em geral “estão muito exaltados” e que a AECT está a “mediar face medidas mais drásticas” e a “conter o mal-estar”. Além disso, avança que vai exigir compensações económicas para os afetados pelo fecho das fronteiras, mais de 6.000 trabalhadores, segundo calcula, para os quais “não há apenas gasto de combustível mas também de tempo”.

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