A linha de alta velocidade, onde também deveriam circular passageiros, vai abrir apenas para a circulação de mercadorias. Isto pelo menos numa primeira fase. Este volte-face foi anunciado pelo ministro das Infra-Estruturas, Miguel Pinto Luz. Segundo o ministro, os passageiros só vão poder usar a alta velocidade após as obras da linha que liga Lisboa-Madrid estar totalmente concluída. Durante a Cimeira ibérica, o governo de Madrid expressou que gostaria que a linha que liga as duas capitais estivesse concluída até 2030. Altura em que os dois países (em conjunto com Marrocos) vão receber o Mundial 2030. A ligação entre Lisboa-Madrid, através da alta velocidade, será feita em três horas.
Existe a possibilidade do TGV passar por Trás-os-Montes. Isto na ligação com Vigo. A prioridade portuguesa está na ligação Porto-Vigo. Esta obra que passa pelo Alentejo, que desta forma não será aprovada na sua plenitude, está orçada em 530 milhões de euros. O ministro está a «ponderar» passageiros na linha de alta velocidade entre Évora e Elvas. O transporte de mercadorias é o único que está garantido.
Esta obra é apresentada como a “maior obra ferroviária dos últimos cem anos”. Neste período de tempo o país perdeu ferrovia (em vez de ganhar) e já não tem ligações noturnas com outras capitais europeias. O governo valida o fecho da Linha do Alentejo, durante dois anos, para obras.