20/06/2025

António Costa estreia-se como presidente do conselho europeu naquela que é conhecida como a cimeira de inverno

Zelensky foi convidado para participar e ouviu que os 27 estados-membros vão continuar a apoiar a Ucrânia de todas as formas

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António Costa estreia-se como presidente no seu primeiro conselho europeu, também conhecido como a Cimeira de Inverno. Um dia antes deste concelho e antes de Luís Montenegro embarcar para Bruxelas, na visita a Belém para desejar as «boas festas» ao presidente, este lembrou a força da diplomacia portuguesa que tem nos dois Antónios, Guterres e Costa, como expoentes. Guterres considera que no futuro dois países africanos deverão fazer parte do conselho de segurança permanente das Nações Unidas.

Dois homens que foram primeiros-ministros e hoje são secretário-geral das Nações Unidas e presidente do conselho europeu. António Costa convidou Guterres para participar na cimeira de Março de 2025. A cimeira de Dezembro inaugura um novo formato, de apenas um dia, mas terá menos conclusões escritas. António Costa já tinha dito anteriormente que queria mais ações e menos palavras.

António Costa é o primeiro português e socialista no cargo de presidente do conselho europeu. Nesta cimeira, de apenas um dia, também participou Zelensky que foi pessoalmente convidado por Costa que visitou a Ucrânia no primeiro dia do seu mandato. Depois de terem chegado juntos a Bruxelas, Costa voltou a reafirmar que o país fará parte do bloco. Que prepara um novo pacote de sanções aos altos mandos da Rússia.

Também presente no encontro dos chefes de governo da Europa, o PM português Luís Montenegro lembrou que seria mau sinal a UE esperar pela tomada de posse de Trump. Montenegro também tomou a palavra para defender o acordo entre a Mercosul e a União Europeia (que não é do agrado da França) e que todos os estados-membros aprovem o Pacto para as Migrações. O social-democrata defende uma migração controlada.

Pedro Sanchez também esteve presente na sessão de trabalho do conselho europeu. A todos os participantes, António Costa ofereceu um livro como prenda de Natal. Os dirigentes também debruçaram-se sobre a atual situação no médio oriente e rejeitam calendários artificiais para criar uma união europeia mais estruturada. E que olha para um alargamento na direção dos Balcãs ocidentais. António Costa admite que estes podem estar algo frustrados por ainda não terem entrado. Se existe preocupação pela Geórgia, que terá como novo presidente um antigo jogador do Manchester City, o mesmo não se pode dizer sobre Moçambique. Como muitos acusam. O MNE de Portugal, Paulo Rangel, rejeita a dualidade de critérios entre as duas situações. Mas reconhece que o que acontece na Ucrânia ou na Geórgia estar mais perto dos 27 do que a atual situação em Moçambique, onde um jovem streamer foi morto com um tiro nas costas durante um protesto junto a fronteira com a África do sul. O caos está instalado desde as últimas eleições, levando o país numa situação oposta a que São Tomé e Príncipe e Angola estão a viver, já que ambos os países estão a fortalecer as suas economias.

«Estamos a aguardar que o Conselho Constitucional (moçambicano) se pronuncie sobre os resultados», disse Paulo Rangel que admite preocupação com a instabilidade que se vive no país e onde podemos juntar o ciclone Chido, que depois de Mayotte virou para as costas moçambicanas, deixando mortos.

Este concelho europeu aconteceu num período em que os dois motores económicos da Europa, França e Alemanha, estão numa crise política. Roberta Metsola, presidente do parlamento europeu, foca a vontade de António Costa em trabalhar em conjunto com todos. O facto de criar pontes entre todos é algo bastante bem-visto por todos.