01/07/2025

Brasil assume a presidência rotativa dos BRICs num ano que vai ser marcado por várias adesões, incluindo a da Bolívia

Da agenda que o governo brasileiro pretende implementar em 2025 está a preservação ambiental e a reforma da governação mundial

Comparte el artículo:

Bluesky Streamline Icon: https://streamlinehq.comBluesky

O Brasil inicia o ano de 2025 a assumir a presidência dos BRICs. A chegada do Brasil a esta presidência acontece depois de em 2024 terem acolhido a Cimeira do G20 e depois de vinte anos de negociações o Mercosul e a União europeia terem chegado a acordo para criarem o maior mercado do mundo.

O governo de Brasília assume esta presidência num momento em que o bloco, do qual também faz parte a Rússia ou a Índia, está em clara expansão. Só este ano terá nove novos participantes. Cuba, Bolívia, Indonésia, Bielorrússia, Cazaquistão, Malásia, Tailândia, Uganda e Uzbequistão foram confirmados pela Rússia, na última conferência, como novos membros. A Turquia também foi convidada mas não confirmou a sua participação. Estes novos países serão considerados parceiros do bloco.Em 2024, o bloco já havia recebido cinco novos membros efetivos, chegando a dez países. Até então formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o Brics incluiu no ano passado Irão, Emirados Árabes Unidos, Egito, Etiópia e Arábia Saudita. A entrada da Bolívia nos BRICs já foi anunciada, através das redes sociais, pelo presidente Luis Arce. «A adesão aos BRICS dá-nos a oportunidade de impulsionar setores-chave como a energia, o comércio, a tecnologia, a indústria transformadora e as finanças sustentáveis», sublinhou Arca que vê o seu país a passar uma das suas maiores crises da última década com a falta de combustível ou dólares para realizar pagamentos.

Os BRICs vão tentar implementar uma forma de pagamento usando as moedas locais e não o dólar. A agenda que vão tentar promover durante o ano tem como destaques a reforma da governança global, o desenvolvimento sustentável, as alterações climáticas, a IA ou a inclusão social. A governação brasileira terá como lema ‘Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável’. Com esta agenda, o governo de Lula, agora com os comandos dos BRICs, pretende continuar na direção da construção de um mundo melhor e mais sustentável.

Esta é a quarta vez que o Brasil assume a presidência rotativa dos BRICs. Este grupo tem sido usado como plataforma alternativa de diálogo e integração dos países insatisfeitos com o eixo de liderança EUA-UE. O grupo dos BRICs é responsável por 40% da população global e 37% do PIB mundial.