Chega o inverno europeu e sonhamos com os climas mais quentes e os paraísos tropicais. Exemplo disso, a Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, conta com mais de sete milhões de quilômetros quadrados, e possui a maior biodiversidade do planeta, cerca de 15%, está na região.
A riqueza natural amazônica é quase impossível de quantificar ao certo, no entanto, estima-se que vivem na floresta 60 mil espécies de plantas, mamíferos, répteis, invertebrados, anfíbios, peixes e pássaros.
Como parte dessa riqueza ainda é desconhecida acaba por tornar este “gigante verde” em um atraente destino turístico, tão vasto e genuíno que abre um mundo de possibilidades, incluindo passeios ou mergulhos em suas águas quentes de distintas colorações.
A cor da água pode definir as espécies de peixes e de plantas que por ali vivem. Segundo o pesquisador Bruce Forsberg, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), há três tipos básicos de rios na Amazônia: os rios de águas marrons, águas negras e águas claras.
O rio de água marrom tem coloração “barrenta”, essa cor vem da terra que esses rios arrancam das montanhas quando descem da nascente nos Andes. A coloração mais escura da água não significa que ela não seja saudável. Junto com o barro, vem muitos nutrientes que ajudam no crescimento das plantas e servem de alimento para os animais aquáticos.
Por outro lado, nos rios de água negra ocorre o inverso. Eles nascem em locais baixos, e não levam sedimentos. Alguns animais são exclusivos desses tipos de águas.
Já as águas claras nascem em locais de pouco relevo, e quase não passam por locais alagáveis. Isso faz com que a água seja límpida e com coloração verde, pois é um afluente do oceano atlântico.
Na Amazônia brasileira, existem duas estações bem diferenciadas. Durante a época de chuvas a exuberância da natureza é evidente. Nesse período, compreendido entre dezembro e junho, o nível das águas sobe gradualmente, cobrindo as praias e formando belos igapós, áreas de floresta alagada que podem ser visitadas em passeios de canoa.
Porém, é durante a estação mais seca, entre junho e novembro, que se abrem as melhores oportunidades ao turismo, aproxima-se o contato com a natureza, onde podemos ver os animais exóticos de variadas espécies, além de facilitar caminhadas ou trilhas na região e a pesca esportiva.
Há muitas formas de conhecer o complexo hidrológico mais abundante do mundo, poucas tão fascinantes como embarcar em uma das «gaiolas» que unem os distintos portos da região, sem esquecer dos cruzeiros fluviais que chegam em regiões remotas, onde vivem os povos originários, praias isoladas, trilhas pela floresta e mil e uma surpresas.
Neste sentindo, garanto que esta é uma experiência única, especialmente para os ibéricos, que podem sentir-se como os primeiros desbravadores da floresta, europeus, espanhóis ou portugueses, em embarcações que os levavam a um mundo ainda desconhecido.
A bacia do Rio Amazonas e seus mais de mil rios afluentes nos apresentam agradáveis surpresas, algumas das quais inclusive tornaram-se importantes atrações turísticas, como, por exemplo, visitar os pontos onde se encontram as águas «barrentas» de rio com as águas verdes, do mar. Para os que desejam estar literalmente “Entre dos aguas”, como na canção de Paco de Lucía.
Como todo paraíso possui belas praias, neste caso queremos abordar as praias fluviais, conhecidas na região como praias de rio ou de água doce, mas que não deixam a desejar em nada em relação ao mar do litoral brasileiro.
A experiência de visitar a Amazônia é algo imperdível, é a união perfeita entre sentir e estar em contato com a natureza no maior ecossistema do planeta, em um país tão próximo no aspeto cultural como é o Brasil, desfrutando de boas temperaturas, e a bons preços.
Em meu próximo artigo explicarei melhor sobre as praias fluviais….. a Amazônia os espera!