Depois de Durão Barroso, António Vitorino ou António Guterres, um outro português vai chegar a um alto cargo da diplomacia mundial. António Costa, que nas últimas Europeias estreou-se como comentador televisivo, tem luz verde para ser presidente do Conselho Europeu. Esta instituição da UE junta os chefes de Governo e de Estado europeus. É também o Conselho Europeu que propõe o candidato a presidente da Comissão Europeia.
Esta informação está a ser avançada por vários meios de comunicação não só em Portugal mas também fora. O atual presidente é o belga Charles Michel. Os negociadores dos Socialistas Europeus, PPE e Liberais chegaram a acordo para a divisão dos cargos de topo no contexto europeu. O primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez foi um dos presentes na reunião que determinou os nomes escolhidos. Após as Europeias, Luís Montenegro anunciou o apoio de Portugal a candidatura de António Costa a este cargo europeu, onde terá um vencimento de 30 mil euros. O otimista Costa terá como principais temas a tratar a emigração, guerra ou a ascensão das extremas em território europeu. Vai ter que enfrentar revoltas e chatices. Será que o fazedor de «geringonças» vai continuar que a sua voz seja ouvida, desta vez no contexto europeu?
O antigo PM português sempre se apresentou não só como um iberista mas como um europeu convicto. A nomeação de Costa acontece depois das suspeitas de corrupção que levaram às eleições antecipadas que levaram a vitória da AD. Para Marcelo Rebelo de Sousa é uma «alegria» ver António Costa chegar a um alto cargo europeu. Já os grupos políticos pretendem agir com «prudência» até a confirmação que vai sair de Bruxelas até ao fim deste mês. Pedro Nuno Santos diz que Costa é político «mais bem preparado» para este cargo.
Para além do português e da continuação de Von der Leyen, Kaja Kallas deverá ser a próxima chefe da diplomacia europeia. Substituindo desta forma o espanhol Josep Borrell. Os três nomes têm agora de ser confirmados pelos líderes europeus, que se reúnem em Bruxelas, na quinta-feira e sexta-feira. Meloni e Orban já demonstraram estar contra estas escolhas.
A nomeação do ex-primeiro-ministro está garantida. O primeiro-ministro holandês Mark Rutte, será o próximo responsável máximo da NATO.