Depois das eleições de 23 de Julho, as Cortes espanholas tomaram posse para um novo mandato. O presidente da Assembleia da República de Portugal, Augusto Santos Silva, já enviou os seus parabéns aos novos presidentes do Congresso e do Senado de Espanha. As felicitações foram dadas através de uma publicação nas redes sociais. Santos Silva mostrou-se certo de que vai trabalhar de perto com ambos os presidentes «para o bem de Portugal e de Espanha».
A deputada do PSOE, Francina Armengol (que foi presidente do Governo regional das Baleares), ficou com a Presidência do Parlamento espanhol, e Pedro Rollán, do PP, foi o escolhido para ficar a frente do Senado. Depois de conquistar a Presidência do Parlamento e o apoio do Juntos pela Catalunha, o PSOE fica mais perto de ficar com o Governo mesmo não sendo o partido mais votado (como aconteceu em Portugal em 2015). O PS já tinha felicitado o PSOE na altura das eleições defendendo a possibilidade da continuação de um Governo socialista no outro lado da fronteira.
O PP foi o partido mais votado nestas eleições mas mesmo com o apoio do VOX não alcança a maioria absoluta. O catalão, galego e o basco (línguas co-oficiais do país) vão passar a ser permitidos no Parlamento espanhol. Algo que foi anunciado pela nova presidente Armengol. Para além de cinco forças regionais, o PSOE também conta com o apoio do Sumar de Yolanda Diaz. Cabe ao rei Felipe VI escutar os partidos (como acontece em Portugal) e indicar um candidato a primeiro-ministro para ser investido pelos deputados das Cortes.
