Cabo submarino que liga a Europa e a América Latina reforça a interconexão entre os continentes

Estudo avança que os ganhos do PIB português com os cabos submarinos podem chegar aos 500 milhões

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Os cabos submarinos, que estão instalados no território português desde 1855, têm servido como autênticas auto-estradas que têm ligado o país às mais diversas latitudes. A presença destes cabos em Portugal há vários séculos demonstra a importância geográfica que o país tem tanto como porta de entrada na Europa como elo de ligação com África e a América.

Os mais recentes cabos, o Equiano e o EllaLink, vão ajudar a impulsionar os negócios de Portugal tanto com a América Latina como com o continente africano. Um estudo encomendado pela Google (o gigante tecnológico financia o cabo Equiano) indica que estes dois novos cabos podem trazer, por ano, ganhos de 500 milhões ao PIB luso. Para além da importância económica, os governantes reforçam a importância que os mesmos terão para a transição digital e a ambicionada recuperação discutida durante a reunião informal do Eurogrupo em Lisboa.

Este novo investimento, que não se fica só pelos cabos já que também engloba data centers (como é o caso do que foi anunciado para Sines), vai permitir que as empresas que têm negócios com o continente africano aumentem as suas trocas comerciais com uma maior conexão entre o mercado europeu e o africano. O cabo Equiano vai começar a operar em 2022 e liga Portugal a África do Sul.

Já o cabo EllaLink, que trabalha com fibra óptica (o que vai reforçar as novas formas de educação e de cuidados de saúde), liga Portugal ao Brasil. A chegada do EllaLink a Sines reforça, segundo o primeiro-ministro António Costa, «a função histórica de Portugal como uma plataforma de articulação entre os diferentes continentes e povos». Este cabo, que já foi inaugurado, é considerado pela Presidência portuguesa como «uma infraestrutura essencial para a interconexão digital e a transmissão de dados entre os dois continentes».

A inauguração deste cabo coincidiu com a apresentação da «Declaração de Lisboa – Democracia Digital com Propósito», um marco que estabelece os princípios éticos para um desenvolvimento digital, económico e social centrada nas pessoas. Numa mensagem gravada, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que a exclusão digital está a tornar-se «a nova face da desigualdade».

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