A Google anunciou um novo cabo submarino. O território ibérico é cada vez mais uma plataforma única para receber este tipo de cabos de comunicação transatlântica. A península ibérica pode ser um importante hub de recolha de dados a nível mundial. No caso português, Sesimbra e Sines são dois dos locais com a presença deste tipo de cabos. A sua presença traz investimentos, talento, empresas tecnológicas e gera empregos.
O agora candidato presidencial é antigo vice-almirante, Gouveia e Melo, há uns meses defendia que a costa ibérica devia ser protegida pois existem vários cabos de ligação que ligam o continente europeu ao americano e ao africano e que passam por aqui e correm, segundo o antigo militar, risco de ataque russo. Portugal e Espanha são cada vez mais uma «porta de entrada» do mundo para a Europa.
«Sol» vai ligar os Estados Unidos da América (Flórida), Bermudas, Açores e Espanha (Santander). O anúncio da presença dos Açores neste projeto já foi congratulada pelo Governo regional. Segundo o mesmo, este será um investimento importante para os Açores. O arquipélago apresenta-se como um pólo importante e estratégico para a conectividade digital na Europa e no Atlântico Norte. Muito devido a sua centralidade no meio do Atlântico. Existem ilhas deste arquipélago que ficam mais próximas dos Estados Unidos da América ou do Canadá do que de Lisboa. Vivemos num mundo cada vez mais ligado, como vimos no apagão que tivemos no território ibérico e onde as comunicações estiveram restringidas, mas nunca caíram completamente.
O nome «Sol» é porque estamos a falar de 4 pontos «banhados» pelo astro-rei. O cabo vai ajudar a satisfazer a procura crescente dos clientes por serviços da Google Cloud e de IA nos EUA ou na Europa. Quando o projeto estiver concluído, o “Sol» será o único cabo de fibra ótica em serviço entre a Flórida e a Europa. Este cabo vai interligar-se com outro, anunciado em 2023, o «Nuvem».