Já começou a campanha eleitoral para as autárquicas em Portugal, que vão acontecer no dia 12 de Outubro (o voto antecipado acontece uma semana antes). Esta forma de voto permite que as pessoas votem sem terem que passar por longas filas de espera. Os líderes dos diferentes partidos estão a correr o país para apoiarem os seus candidatos mas a verdade é que não esquecem a política nacional com Luís Montenegro a falar sobre o aumento das pensões e André Ventura acusa o PM de estar a ser eleitoralista.
O PCP, que nas eleições costuma concorrer com a sigla CDU, está no Alentejo para «proteger» os bastiões que ainda têm nas suas mãos. Também tem câmaras na margem Sul mas até ai começam a perder, como foi o caso de Almada que durante décadas foi comunista mas acabou por ser ganha pela socialista Inês de Medeiros (irmã da atriz Maria de Medeiros). Com a aproximação das eleições vemos as «obras» a serem feitas e a limpeza das ruas a ser levada ao extremo. Tudo para captar votos, como a sabedoria popular defende. Marcelo Rebelo de Sousa acredita que não se devem fazer leituras nacionais das autárquicas mas depois das novas legislativas há um partido, o Chega, que quer ganhar o máximo de autarquias possíveis. Especialmente se as possam «roubar» aos comunistas. O PS, IL e o BE vão a eleições com novos líderes. Será que estes vão sair «chamuscados» caso haja um mau resultado autárquico?
Os debates estão a acontecer um pouco em todas as regiões do país e os temas vão desde os mais sérios a situações dignas de comédia (como é o caso da falta de sandes de presunto em Mação, uma aposta em Coimbra que levou a saída de um dos membros do executivo camarário ou vender ar engarrafado na Guarda). As autarquias estão na linha da frente em vários aspectos e Carlos Carreiras, presidente da Câmara de Cascais, defende que o futuro da governação global estará entregue aos líderes locais pois estes é que conhecem o dia-a-dia das populações. Durante os incêndios, os presidentes das Juntas de Freguesia (que também serão votados) ajudaram a combater os incêndios ao lado das suas populações. Na sequência das autárquicas de 12 de Outubro, em 70 municípios serão repostas 302 das freguesias que foram agregadas ou extintas em 2013.
Carlos Moedas pretende um segundo mandato a frente da principal autarquia do país, Lisboa. Estas eleições vão acontecer depois da tragédia do Elevador da Glória e ainda existe muitas perguntas sem resposta (os guarda-freios dizem que existiram acidentes anteriores, sem gravidade, e que nada tinha sido feito). Será que vai haver responsabilidade política deste acontecimento? Alguns dos principais problemas, não só de Lisboa mas de todo o país, são a falta de habitações ou a higiene urbana (no centro da cidade foram avistados ratos a passearem). Para além de Moedas, os outros dois principais candidatos a Lisboa são João Ferreira (da CDU) e Alexandra Leitão (do PS). A antiga ministra de Costa promete acabar com os botellons na cidade caso seja eleita. Passando para Sintra, os locais levantam como um dos principais problemas a pressão turística que faz com que levem quase uma hora a percorrerem um percurso de pouco mais de vinte quilómetros.