Os diretores da imprensa escrita em Portugal uniram-se para escrever uma carta aberta ao povo onde avisam para os perigos que a liberdade de imprensa enfrenta com os jornais e as revistas a não chegarem às bancas. Os assinantes desta carta lembram que «deixar de ter jornais e revistas em zonas significativas do território nacional cortará o acesso de parte relevante da população». No interior do país existe uma população envelhecida que não tem acesso aos meios informáticos para lerem informações validadas. O que irá ajudar a propagar (ainda mais as fake news).
Muitos dos meios de comunicação, especialmente aqueles que estão na zona raiana, estão a começar a imprimir em empresas espanholas para não correrem o risco de não chegarem às bancas. Os diretores também alertaram para os prejuízos que isto pode levar não só para os distritos afetados como para todo o país. A comunicação social, em Portugal, emprega milhares de pessoas e num período onde os meios impressos estão cada vez mais fragilizados (com a queda não só nas vendas mas também na publicidade), o anúncio da VASP pode colocar vários profissionais em risco. Os assinantes desta carta aberta pedem que o governo tome uma atitude mas o executivo de Montenegro já afirmou que não vai ficar refém de uma empresa (neste caso a VASP).
Esta carta foi escrita depois da VASP (empresa de distribuição) ter «ameaçado» deixar o interior do país sem imprensa escrita nas bancas já no próximo mês. Esta possibilidade já levou a comentários não só do candidato presidencial António José Seguro, que considera esta possibilidade dos jornais não chegarem às bancas como grave, como dá própria ERC. A Entidade Reguladora para a Comunicação Social considera que caso acaba a distribuição de jornais esta pode ter um impacto negativo no acesso a informação por parte dos portugueses. Os autarcas das zonas que podem ser afetadas pedem para que isto não aconteça.


