Nos dias 13 e 14 de julho, o Parque Municipal de Alta Vila, em Águeda, acolhe a 15.ª edição do Festival i!, organizado pela associação cultural D’Orfeu. Entre espetáculos, oficinas, jogos, instalações, histórias e comida de rua, serão mais de duas dezenas de atividades destinadas ao público infantil e familiar.
A proposta da organização, que pode ser consultada online, é de que as famílias tragam as suas mantas de piquenique e passem um “fim de semana artístico na natureza”. A entrada é livre, salvo para alguns espetáculos de lotação limitada, sujeitos a levantamento de senhas gratuitas disponíveis no posto de informação no local.
Nesta edição, o festival conta com a participação de vários artistas e companhias de Espanha. Logo no primeiro dia, as galegas Montse Rivera e Mercedes Prieto propõem As Armadanzas, um espetáculo-oficina com o intuito de trocar histórias e danças da Galiza e de Portugal. “Há um enquadramento que fala das histórias de amores entre uma galega e um português que aprendem a partilhar danças e palavras”, destacam as artistas, também coautoras do livro Pezinhos de Lã que dá o mote a este projeto.
Também o grupo Arawake, de Burgos, apresenta no parque o espetáculo Titiriscópio. Uma performance teatral ao estilo italiano, com pequenas peças de marionetas e hologramas, em que apenas oito espectadores assistem a seis minutos intensos de atuação. O coletivo é formado por atores, desenhadores 3D, guionistas, poetas, músicos, engenheiros informáticos e produtores audiovisuais, de diferentes idades e experiências, que aplicam tecnologias como a realidade aumentada e a geolocalização nas suas criações cénicas.
Ainda nesta edição, o artista catalão JAM (Jaume Jové), que já atuou em vários países pela Europa, América e Ásia, terá a oportunidade de apresentar duas das suas criações. No sábado propõe Hats, um espetáculo para sair da zona de conforto, deixar de lado a monotonia e lutar pelos próprios sonhos. No domingo, será a vez de apresentar Le Voyage, onde o artista utiliza a prática do clown para evocar a jornada de refugiados e migrantes que embarcam rumo a uma nova vida.
Este intercâmbio com Espanha já não é novidade para a organização. “Desde sempre que uma das missões da d’Orfeu é construir pontes com o país vizinho – e não só – seja acolhendo artistas estrangeiros, seja levando artistas nacionais além-fronteiras”, explica Ana Flores, coordenadora executiva da associação.
Ao longo do ano, a D’Orfeu também marca presença “em várias feiras e festivais que se realizam em Espanha”, com o intuito de conhecer novos espetáculos e estabelecer parcerias para o intercâmbio. “Desta forma, conseguimos abrir o leque de opções”, garante Flores, “contribuindo para um cartaz de qualidade a apresentar ao público que nos visita”, ao mesmo tempo que conhecem “novos espaços e festivais que possam acolher espetáculos nacionais”.