09/06/2025

Lágrimas de Ronaldo, sorriso de Martínez e Portugal ganha a Nations League e torna-se o maior vencedor da competição

Depois de um empate aos 90 minutos, Portugal e Espanha decidiram quem ia levar a taça da Nations League de volta ao território de onde começou pela primeira vez

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As seleções de Portugal e de Espanha subiram ao relvado para discutir qual das duas levaria o troféu da Nations League para «casa» (para o território ibérico foi, essa é uma certeza). Lisboa volta a receber o troféu da competição que começou há quatro anos na cidade do Porto.

Ainda antes do jogo começar, a RTP entrevistou um dos treinadores-adjuntos da equipa espanhola que considera Portugal e Espanha duas das melhores seleções não só da Europa mas também do mundo. Foi um jogo renhido. O vencedor foi só decidido após os 90 minutos oficiais. Este tempo acabou num 2-2, com golos de Nuno Mendes (que foi considerado o melhor em campo), Cristiano Ronaldo, Zubimendi e Oyarzabal.

Durante o prolongamento houve alguma confusão entre os jogadores das duas equipas e objetos a serem atirados das bancadas. O vencedor foi escolhido nos pênaltis e já sem as figuras mais conhecidas das duas seleções, Cristiano Ronaldo (que tal como no Euro 2016 saiu lesionado) e Lamine Yamal. Na lotaria dos pênaltis, a vitória «sorriu» a Portugal depois de Morata ter falhado e Rúben Neves ter marcado o pontapé final.

Uma final imprópria para cardíacos

O troféu da Nations League, que pesa 7 quilos, entrou no campo carregado por duas lendas de Portugal e de Espanha, Pepe e Jesús Navas. O primeiro, Pepe, antes do jogo começar beijou a taça e no fim foi o primeiro português a agarrar nela. Voltou a entrar no campo com o seu nome a ser cantada por todo o estádio e a receber vénias, tanto dos adeptos como dos antigos companheiros. O antigo jogador do Real Madrid terminou abraçado com o amigo Ronaldo e o último homem que o treinou na seleção, Roberto Martínez. Que em Munique ganhou o seu primeiro troféu oficial como treinador (já que como selecionador Belga não conquistou nada).

Com a segunda conquista na Nations League, e seis anos depois da vitória no Euro 2016, Portugal conquistou o seu terceiro título em quatro finais jogadas. Todas têm algo em comum, Cristiano Ronaldo. O capitão de Portugal acompanhou os pênaltis já no banco e quando a vitória foi consumada não conseguiu conter as lágrimas (sinal de um fim de caminhada? Pelo menos em solo europeu).

No momento em que receberam as medalhas, ambas as equipas, o fair play imperou com os dois selecionadores a voltarem a se abraçar e no momento de erguer a taça aos seus de Munique houve uma lembrança da primeira vitória, no Porto, com Ronaldo a repetir o mesmo gesto para alegria de todos, incluindo de Pedro Proença, o novo presidente da Federação Portuguesa de Futebol que acaba de ganhar o seu primeiro título no cargo. No púlpito erguido bo meio do campo estiveram as principais figuras do futebol europeu, incluindo Aleksander Ceferin e Rafael Louzan (o presidente da RFEF), que também deu os parabéns aos jogadores portugueses.

Uma das figuras que falou sobre este jogo, nas redes sociais, foi o antigo futebolista do Atlético de Madrid e embaixador do Mundial de 2030, Paulo Futre, que esperava que fosse uma «grande final ibérica». Um grande jogo que atraiu atenções um pouco por todo o mundo. Como se podia ver nas bancadas do próprio estádio.

O espanhol Roberto Martínez ganhou o seu primeiro título da carreira aos comandos de Portugal

Já após os hinos, Roberto Martínez (que cantou a «Portuguesa») e Luís De La Fuente abraçaram-se. A «irmandade» ficou fora das 4 linhas. Portugal é a seleção com mais Nations League conquistadas, duas.

As duas equipas já se defrontaram inúmeras vezes, com a superioridade a «sorrir» para o lado espanhol, mas esta foi a primeira vez que estiveram a se enfrentar na final de uma competição. Os adeptos de ambas as seleções (incluindo figuras públicas como José Mourinho) encheram o estádio para verem Cristiano Ronaldo, Lamine Yamal e não só. Fora do território alemão, a final foi acompanhada de perto em Portugal com fan zones espalhadas por vários locais, incluindo o Terreiro do Paço. Sol, calor, animação e futebol serviram de aquecimento para a partida. A noite depois do jogo foi de pouco descanso na Alemanha mas também em Portugal.

Já no lado espanhol, o jogo foi algo «opacado» pela final do Roland Garros (onde participou Carlos Alcaraz) e a manifestação dinamizada pelo PP, em Madrid. Foi um jogo para ficar não só para a memória mas também para a história de um país que ficou colado a televisão quase até às 00:00.

O 10 de Junho começou mais cedo e foi em Munique

Marcelo Rebelo de Sousa e Luís Montenegro estiveram junto dos adeptos e viram ao vivo a final ibérica da Nations League. A presença das duas figuras na Alemanha serviu para «antecipar» as celebrações do 10 de Junho (que vai acontecer nesta terça-feira) junto dos adeptos e com o espírito do futebol. Um 10 de Junho que este ano começou a ser comemorado a 8 depois de uma final ibérica na Alemanha e a conquista da Nations League.