A autora Lídia Jorge é a vencedora da edição de 2023 do Prémio Eduardo Lourenço. A escritora portuguesa venceu a 19.ª edição do prémio atribuido pelo Centro de Estudos Ibéricos. Esta escolha foi feita por unanimidade do júri, como revelou o autarca da Guarda, Sérgio Costa. A atribuição desta distinção a Lídia Jorge deixa um pouco de lado a sua vertente apenas ibérica para a ibero-americana, já que a escritora está bastante presente nessas latitudes.
Com esta conquista pretende-se que o Prémio Eduardo Lourenço tenha uma nova vertente ibero-americana. Este prémio pretende alardoar personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cultura, cidadania e cooperação ibéricas.
Até ao momento, a maior parte dos vencedores do Prémio Eduardo Lourenço são homens. O O vice-reitor da Universidade de Coimbra, Delfim Leão, sublinhou que «o Prémio Eduardo Lourenço tem sido maioritariamente masculino. Não deixa de ser interessante o galardão atribuído a Lídia Jorge. Vem reforçar a presença feminina no leque de premiados, ela que é precisamente um dos arautos por excelência das vozes femininas».
Dos livros de Lidia Jorge destacam-se as obras A Costa dos Murmúrios, O Vale da Paixão ou O Vento Assobiando nas Gruas. Lidia Jorge publicou pela primeira vez em 1980.
O Prémio Eduardo Lourenço 2023 tem um montante de 7.500 euros.O júri foi constituído pelos membros da direção do Centro de Estudos Ibéricos (presidente da Câmara Municipal da Guarda, reitor da Universidade de Coimbra e reitor da Universidade de Salamanca), membros das comissões Científica e Executiva do CEI e personalidades convidadas.