O candidato presidencial do Chega, André Ventura, defendeu a ideia de que são necessários «3 Salazares» para endireitar o país. Conversa que marcou um debate parlamentar onde se votou o Orçamento de Estado (o PS abesteve-se) e a Lei da Nacionalidade.
A revisão da lei foi aprovada pelo PSD, Chega, IL e CDS. Em relação ao OE, o Chega votou contra. Na troca de palavras entre Luís Montenegro e André Ventura, sobre Salazar e impostos, o primeiro-ministro português até trouxe o nome de Pedro Sánchez para a conversa.
Os impostos ou as pensões não vão subir, ao contrário do que vai acontecer com o salário mínimo. O segundo dia do debate começou com os deputados a expressarem o seu lamento pela morte de um polícia, no rio Guadiana, na perseguição a uma narcolancha. As buscas estão a ser feitas pela GNR e pela Guardia Civil.
Onde estão os ideais de Abril?
Este discurso, onde se afasta dos ideais de Abril, junta-se ao habitual contra os ciganos que André Ventura (que mais uma vez concorre a presidência da República) costuma ter. As associações ciganas vão apresentar queixa no MP contra cartazes presidenciais de Ventura.
Num outro cartaz, também do Chega, a comunidade do Bangladesh, que já é uma das maiores no país, é «atacada». A Embaixada já respondeu a esta situação, tal como o secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, que diz que a xenofobia é um ataque a própria constituição da República. Ventura recusa retirar estes cartazes invocando a liberdade de expressão dada pelo 25 de Abril de 1974.
Outro candidato presidencial, Gouveia e Melo, aponta que Ventura entrou num corrupio de racismo que lembra Hitler. O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, alerta que «ditadura é ela própria a corrupção». Algo com o qual também concorda o candidato presidencial apoiado pelo PSD. Antes de morrer, Pinto Balsemão tinha demonstrado o seu apoio público ao antigo comentador, Marques Mendes. Este considera ser ficção científica a ideia de ditadura sem corrupção. Este candidato considera que Ventura «mina a democracia». No meio de toda esta «confusão» democrática, Mariana Mortágua anunciou que ia deixar tanto a liderança do Bloco de Esquerda como o próprio Parlamento português.


