Sem que ninguém espera-se, a FIFA anunciou os anfitriões do Mundial de 2030, data em que se celebra o centenário da maior competição desportiva mundial. O Mundial terá os seus 3 primeiros jogos em território sul-americano para depois mudar-se para a Península Ibérica e Marrocos. A decisão do órgão máximo que gere o futebol mundial demonstra confiança no trabalho que tem sido desenvolvido ao longo dos últimos anos e tem tido como caras os antigos jogadores portugueses (que se destacaram em Espanha) Figo e Paulo Futre. A comissão de candidatura é liderada por António Laranjo, o homem que foi o responsável pelo Euro 2004.
Assim que a decisão foi tornada pública, a candidatura ibero-marroquina prometeu realizar «o melhor Mundial de sempre». As respectivas federações pretendem honrar e celebrar a história e a paixão que compartilham. Para além de receberem a competição desportiva, as duas nações ibéricas e a vizinha Marrocos pretendem, desta forma, deixar alicerces para um futuro mais brilhante. Fouzi Lekjaa, Presidente da Real Federação Marroquina de Futebol, afirma: «Este é um momento importante na história de Marrocos, uma grande conquista».
Já Fernando Gomes, da FPF, lembra que «cada um dos nossos países traz para a mesa uma vibrante tradição futebolística, uma inigualável experiência organizativa e uma capacidade de inovar que seguramente marcará o futuro da competição». Cinquenta anos depois uma competição desta grandiosidade vai voltar a Espanha, o que deixa o novo presidente da RFEF, Pedro Rocha, muito contente e com a esperança de que «juntamente com Marrocos e Portugal vamos organizar o melhor Mundial de sempre.»
Governantes ibéricos confiantes no sucesso do Mundial 2030
Quem também já reagiu a esta decisão foi o primeiro-ministro português. António Costa, que recebeu a noticia com muita alegria e confiança de que este Mundial tripartido «será um enorme sucesso». O mesmo sentimento de alegria foi compartilhado por Pedro Sanchez que acredita que este Mundial será a montra perfeita para a defesa de valores como a igualdade, solidariedade e uma competição saudável.
O Paraguai, a Argentina e o Uruguai (o primeiro dos jogos vai acontecer no estádio que recebeu o primeiro jogo, em 1930) vão receber a inauguração da competição que, pela primeira vez, vai passar por 3 continentes e o mesmo número de confederações. O anúncio deste Mundial itinerante foi feito nas redes sociais pelo presidente da Conmebol, o paraguaio Alejandro Domínguez.
Até ao momento nunca mais de dois países tinham realizado a prova mais importante do mundo do futebol, muito menos em pontos do globo tão distantes. Para o presidente da FIFA Gianni Infantino, acredita que o Mundial de 2030 vai passar «uma grande mensagem de paz, tolerância e inclusão». Isto num mundo cada vez mais dividido. O Mundial de 2030, tal como o próximo (México-Estados Unidos e Canadá), será disputado por 48 selecções e terá 104 jogos. 101 vão se realizar entre o território ibérico e o norte de Espanha.
Portugal, Espanha, Marrocos, Argentina, Paraguai e Uruguai já estão garantidos no torneio. Seis países juntos para dar as boas-vindas aos “reis da bola” e aos amantes do “desporto-rei”. O que ainda não se sabe é se Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, que desta forma ve os seus países natais a receber o Mundial, vão estar presentes no mesmo.