Presidente da República pede uma democracia mais forte no 5 de Outubro

Mais liberdade de expressão e mais cultura são dois dos alicerces de uma democracia consolidada

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No dia 5 de Outubro de 1910, depois da revolução que estalou e levou que a família real portuguesa fosse para o estrangeiro, a república de Portugal foi proclamada na varanda do edifício que acolhe a autarquia de Lisboa. Mais de um século depois, as mais altas figuras do estado voltaram a encontrar-se nesta varanda onde ergueram a bandeira nacional, um dos novos símbolos que a república nos trouxe. A entrada na Praça do Município foi vedada aos populares. Nesta praça apenas estiveram presentes convidados, como foi o caso dos vários líderes parlamentares.

O autarca de Lisboa, o primeiro a discursar, alertou «que o divórcio entre a política e as pessoas pode dar espaço a radicalismos». O que pode levar a que o regime instalado na varanda dos Paços do Concelho de Lisboa há 113 anos e consolidado pela Revolução dos Cravos possa estar em perigo. Carlos Moedas também anunciou que a cidade vai ter uma grande iniciativa para celebrar o 25 de Novembro de 1974, «porque todas as datas contam». Este é um anúncio que promete dividir os portugueses. Ainda sobre as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, António Costa, que também marcou presença na Praça do Município anunciou que a iniciativa “Arte em São Bento” do próximo ano será dedicada aos artistas da revolução.

Durante o discurso de um pouco mais de 10 minutos, o presidente português lembrou que a balança de poder no mundo está a mudar e como tal as instituições também o devem fazer. Marcelo Rebelo de Sousa pediu reformas a sério que sejam capazes de responder aos pedidos das pessoas sem ser necessário que outros o façam. Isto é a chave para uma democracia mais forte, algo que voltou a pedir pelo segundo ano consecutivo. Também pediu para que não se deixe morrer a liberdade de pensamento. Para além dos altos oficiais, o 5 de Outubro também foi comemorado com provas desportivas, música, uma visita a Assembleia da República ou a apresentação de um livro sobre a amiga da menina república (o busto que todos conhecemos é de uma aprendiz de costureira da cidade de Lisboa).

5 de Outubro, data da implantação da República e do Tratado de Zamora

Nas redes sociais, António Costa lembrou «que o 5 de Outubro será sempre uma data especial que merece ser celebrada e vivida com respeito pela história e determinação na ação e esperança no futuro. Viva a República! Viva Portugal!». O Coordenador do Partido Popular Monárquico na Madeira defende que a 5 de Outubro dever-se-ia celebrar a assinatura do Tratado de Zamora, diploma que assinou a paz entre D. Afonso Henriques e o seu primo, Afonso VII de Leão.

Zelensky, que está em Granada com os restantes líderes europeus (Costa juntou-se depois da cerimónia do 5 de Outubro), aceitou o convite de Marcelo Rebelo de Sousa para visitar Portugal. Esta visita não deverá acontecer nesta semana. Deste encontro saiu, mais uma vez, o apoio do grupo europeu ao país. Costa participou no jantar que aconteceu em Alhambra e contouo com a presença dos Reis de Espanha. Nos próximos dias vai acontecer o encontro do Grupo de Arraiolos, na cidade do Porto, onde vão estar 12 chefes de estado.

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