Cada vez mais falamos sobre ondas de calor e estas poderão, num futuro não muito longínquo, chegar aos 80 dias nas regiões centro e norte de Portugal. As mais afetadas pelos incêndios. O calor extremo sobre residentes e visitantes tem afetado a saúde das populações (a última semana de Julho terminou com um recorde no número de óbitos), os incêndios são um mal cada vez mais habitual no período do verão e os preços de alguns alimentos (como é o caso das frutas) dispara.
Em Portugal ou na Grécia, os funcionários públicos são aconselhados a não andarem na rua no período das maiores horas de calor (em Sintra, os monumentos costumam fechar quando existem ondas de calor). Em Espanha, as populações também tentam não sair a rua quando o calor «aperta». Cada vez mais os termómetros sobem acima dos 35 graus celsius no território ibérico.
Quando olhamos um pouco mais abaixo no mapa de Portugal, mais precisamente para Lisboa, está a se pensar tornar a cidade mais fresca. Isto através de percursos com jardins e sombras. Os «pulmões verdes» da cidade são o jardim da fundação Calouste Gulbenkian, o parque Eduardo VII, o jardim de Belém ou Monsanto. Os caminhos frescos vão começar a ser implementados em Alvalade e em Monsanto ainda durante este ano de 2025.
A capital portuguesa faz parte do projeto «Cool Noons», coordenado cientificamente em Portugal por investigadores da Universidade de Coimbra. Este estudo também está a decorrer nas cidades mediterrâneas de: Budva (Montenegro), Dubrovnik (Croácia), Imola (Itália) e Marselha (França). O projeto vai estar em curso até Setembro de 2026. O projeto «Cool Noons» é financiado com mais de 1,8 milhões de euros pelo programa Interreg Euro-MED, da Comissão Europeia, sendo liderado pela Agência das Cidades e Territórios Mediterrânicos Sustentáveis e tem parceiros de cinco países. O sul da Europa está cada vez mais em alerta máximo e tudo por causa do calor.