O que falta aos candidatos para serem o próximo primer ministro português?

Depois dos debates, passamos para as arruadas numa campanha cada vez mais marcada pela força das redes sociais

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As eleições legislativas portuguesas são apenas a 10 de Março mas os debates televisivos que opõem entre si os candidatos dos partidos políticos com assento parlamentar estão «on fire». O mais importante, que opôs PNS a Montenegro, já aconteceu e os comentadores defendem que o socialista ganhou (quase) por unanimidade. Mas a verdade é que já não se fazem debates como aquele protagonizado por Mário Soares e Álvaro Cunhal.

Depois de vários debates, podemos resumir os mesmos á avó de Mortágua (que se for do lado do pai terá mais de 100 anos), as fotografias do filho de Rui Tavares numa escola privada (num estilo de atuação bem ao estilo da extrema-direita), aos gritos de Ventura, a vontade de não aparecer nos debates de Luís Montenegro e a um Pedro Nuno Santos emocionado numa entrevista televisiva. Para serem mais conhecidos, os candidatos estão presentes nas redes sociais e até aí a direita está a ganhar, com uma forte presença dos três partidos tanto no Tik TOK como no Instagram, onde os jovens estão bastante presentes. Mas como Portugal é um país bastante envelhecido, os partidos não podem desistir das arruadas que correm todos o país e onde os candidatos explicam as suas ideias ao mesmo tempo que entregam recordações em jantares ou almoços-convivios. Os melhores costumavam ser os do partido comunista. Isto pelo menos na altura de Jerónimo de Sousa. O atual líder, Paulo Raimundo, ninguém sabe muito bem quem é apenas que afirma que a Rússia não é comunista e que participou quando era novo num conhecido programa de auditório da estação pública. O PAN está parado e o melhor até ao momento do IL foi a retirada dos óculos do seu líder.

O que estes defendem? Acho que ainda ninguém percebeu muito bem mas até ao momento a campanha tem se resumido as questões dos agricultores, polícias e do SNS e tudo graças às manifestações que estão a acontecer. O PS defende uma continuidade do legado de oito anos de Costa, a AD lamenta que Portugal seja facilmente ultrapassado por qualquer país que entre no «edifício» Europa e o Chega defende que só possa ser dada a nacionalidade portuguesa a quem tenha contribuído pelo menos durante cinco anos no país. A subida da direita em Portugal está a ser notícia em Espanha e no Brasil. Isto porque Portugal sempre foi um país politicamente estável.

Já todos apresentaram as suas ideias para o país mas a verdade é que ainda há muitos indecisos e, como sempre, será nas «mãos» destes que vai recair a vitória de um lado ou de outro. Só depois de Março é que veremos o que vai acontecer a Portugal.

Até ao momento as sondagens são bem dispares, já que umas dão a vitória ao PS e outras a AD. O que é semelhante em todas é que a vitória será por uma curta margem e a direita está a crescer. Nos 50 anos do 25 de Abril, Portugal corre mesmo o «risco» de ter um governo de direita (esperemos que não seja de extrema). Nas terras dos principais candidatos a PM, PNS (São João da Madeira) e Luís Montenegro (Espinho) nenhum é especialmente querido pelos seus conterrâneos. Nenhum é visto como tendo o perfil ideal para ser o próximo líder do governo de Portugal e nada tem que ver com a juvsntuds da maioria dos candidatos, que nap chegaram aos 50 anos. As acusações de imaturidade política atacam a esquerda e a direita.

As eleições ainda não aconteceram mas já se fala sobre se um partido aceitaria o governo do outro caso não ganhe na mesa de votos. Tal como aconteceu em Espanha. Só que nenhum dos candidatos parece ter o carisma e capacidade de conseguir uma nova Geringonça, seja esta de esquerda ou de direita. Deve acontecer mais a direita pois caso a AD ganhe, esta terá maioria absoluta caso se junte a um outro dos partidos de direita, o Chega ou o IL. Segundo as sondagens estes aparecem em 3° e 5° lugar respetivamente. A esquerda toda junta não deverá somar e caso a AD não vença muitos defendem que Montenegro não deverá chegar às Europeias. Pedro Nuno Santos admitiu que caso a AD ganhe, mas sem maioria absoluta, os socialistas não vão apresentar nenhuma moção de rejeição, o que poderia viabilizar um governo de Luís Montenegro. Esta atitude só será tomada caso a direita esteja disposta a fazer o mesmo. Um pacto institucional.

Será que veremos Carlos Moedas na liderança do PSD? E o que será do PS caso percam as eleições?

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