Pilar del Río lança livro sobre os dias que Saramago passou em Lanzarote

Obra inclui “Carta Universal de Deveres e Obrigações dos Seres Humanos”, repto lançado por Saramago em 1998

Comparte el artículo:

Pilar del Río apresentou no penúltimo dia da 92.ª Feira do Livro de Lisboa o livro A Intuição da Ilha. A apresentação deste livro foi seguida de uma conversa que a autora teve com a escritora e filósofa espanhola Irene Vallejo e o economista e ex-líder do Bloco de Esquerda Francisco Louçã. Os Dias de José Saramago em Lanzarote. Saramago mudou-se para Lanzarote em 1992 já que acreditava que no seu próprio país não era respeitado e era censurado.

Seis anos antes desta mudança de geografia conheceu a jornalista que se tornou na sua esposa, Pilar del Río. Este livro tem gravuras de Juan José Cuadrado e fotografias que fazem parte do acervo da Fundação José Saramago. Neste livro também podemos encontrar a “Carta Universal de Deveres e Obrigações dos Seres Humanos”. Elaborada por mais de dois mil especialistas, nasceu graças ao repto que Saramago lançou em 1998 no discurso que proferiu na entrega do Prémio Nobel de Literatura.

Nesta obra reflete-se sobre como a estadia na ilha contribuiu para a produção de Saramago e a sua vivência no ponto mais oriental do arquipélago canário. Na casa que estabeleceu em Lanzarote havia uma troca constante tanto de produção literária como de afetos que não conheciam fronteiras ou línguas. No prefácio que acompanha este livro, a casa de Saramago em Lanzarote era descrita como uma embaixada cultural ibérica cravada no atlântico.

Ao longo destas páginas defende-se que na ilha ao lado de Pilar reencontrou um lado mais sensível e próximo da natureza que o rodeava. Pilar conta neste livro a sua vivência em Tías ao lado do escritor. Em 1998, Saramago questionava se Lanzarote seria a Azinhaga da sua infância que o acolhia numa fase já avançada da sua vida.

Noticias Relacionadas