Portugal candidata gravações de Amália Rodrigues a «Memória do Mundo»

O país luso submeteu 10 documentos ao programa da UNESCO que protege os principais documentos do mundo

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Portugal enviou as gravações de Amália Rodrigues de 1951 a 1990 ao programa «Memória do Mundo», da UNESCO. Este programa, criado em 1997, visa realçar e preservar documentos (inclusive fonográficos) com principal importância para a humanidade. A Magna Carta, o disco com a gravação do apelo à resistência francesa na II Guerra Mundial pelo General de Gaulle, as colecções históricas dos arquivos de som de Viena e a Bíblia de Gutenberg são alguns dos 400 documentos que estão inscritos neste programa que protege o património mundial.

Esta candidatura do governo luso acontece no ano do centenário da fadista e tem como objectivo preservar e divulgar o património sonoro português. Esta é a primeira candidatura portuguesa de um documento audiovisual.

Segundo o Ministério da Cultura, estas gravações têm um «valor excepcional tanto pelo registo da voz como da música». Para a ministra Graça Fonseca, Amália Rodrigues foi uma das principais impulsionadoras do fado além-fronteiras já que, 22 anos após a sua morte, continua a ser associada como nome maior da música portuguesa. Para além de ultrapassar fronteiras físicas, já que actuou um pouco por todo o mundo, também destacou-se por anexar ao seu repertório rancheras mexicanas, flamenco e poemas de Vinícius de Moraes.

Para além da apresentação da candidatura ao registo fotográfico de Amália Rodrigues, Portugal submeteu outros documentos. Entre os 10 registos com cunho português podemos encontrar o Tratado de Tordesilhas, o Diário da primeira viagem de Vasco da Gama à Índia, a Carta de Pêro Vaz de Caminha ou os vistos atribuídos pelo cônsul Aristides Sousa Mendes.

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