Portugal coloca um travão no desconfinamento

Aumento do número de casos e variante Delta coloca o país no vermelho

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Portugal decidiu colocar um travão no seu processo de desconfinamento num momento em que o aumento do número de casos levou o país de volta a lista vermelha. O país volta a ser o país da União Europeia (UE) com a maior taxa de incidência da covid-19, Espanha está em segundo lugar com 121 casos por cem mil habitantes. Em relação às mortes, Portugal é a nona nação com menos mortes diárias.

O Governo português não vê um «descontrolo total» desta quarta vaga mas a variante Delta (vinda da Índia), que é mais transmissível e ataca uma população mais jovem, obriga a que Área Metropolitana de Lisboa adopte medidas mais restritivas mas todo o país está em alerta. Os números diários não eram tão altos desde Fevereiro. Até ao fim de Agosto a variante Delta, em território luso (tal como em França e na Polónia) já existem casos de Delta Plus, vai representar 90% dos casos em território europeu.

Actualmente a incidência de Covid-19 ultrapassa os 128,6 casos de infecção por cada 100 mil habitantes a 14 dias e o R(t) está em 1,17. Na região de Lisboa e Vale só Tejo o número de camas ocupadas com doentes infectados é superior a 400, 100 estão nos cuidados intensivos. O aumento novos infectados, que na sua maioria são jovens, fez com que áreas dedicadas a doentes Covid de vários hospitais voltassem a entrar em funcionamento. Uma das medidas de restrição impostas é a proibição de entradas e saídas da região de Lisboa durante o fim-de-semana, a mesma só poderá acontecer com um certificado covid que comprove a vacinação completa ou um teste negativo, que pode ser comparticipado pelo Governo.

Ao contrário do que aconteceu em outras vagas, em que uma população mais idosa era a que era mais afectada, actualmente e mesmo com o programa de vacinação activo (espera-se que em Julho seja possível vacinar todos os adultos com mais de 18 anos) a situação leva a que restrições sejam levantadas e a ministra da presidência, Mariana Viera da Silva afirmou que “a expectativa que temos é que nas próximas semanas os casos continuem a aumentar”.

Mesmo com a deterioração da situação pandémica, o avanço na vacinação é visto como essencial pelo Governo e os actuais dados em nada se assemelham com os que foram vividos durante o Estado de Emergência. 1.213 pessoas com as duas doses da vacina tomadas acabaram por se infectarem mas apenas 5 morreram, o que comprova a importância de uma vacinação em massa. Este apelo foi também reiterado por António Guterres, que esteve presente no Parlamento Europeu.

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