Os Governos de Portugal e de Espanha chegaram a um acordo sobre o caudal dos rios partilhados. Demorou mas foi. O anúncio da assinatura do novo acordo foi feito pelo ministra do Ambiente de Portugal, Maria da Graça Carvalho, após uma visita às praias do Algarve. O acordo vai incidir sobre a regularização dos caudais dos rios Tejo e Guadiana, especialmente. Espanha está interessada “em resolver os problemas”, segundo a governante portuguesa.
Portugal pediu, em relação ao Tejo, a garantia de um caudal ecológico diário que seja distribuído de forma uniforme. Que não seja tudo feito num dia e que depois ao longo da semana não haja caudal. As situações de seca, cada vez mais constantes, levam a que isto aconteça. «Neste momento, comparando com o ano passado, a situação é consideravelmente melhor», disse a ministra sobre a situação hidrológica no país. Mesmo assim, continua a ser aconselhável a poupança de água.
As ministras responsáveis pela pasta do ambiente também chegaram a acordo para a retirada de água do Guadiana, isto através do Pomarão. Segundo a ministra portuguesa, «Espanha, como é natural, está disposta a pagar o que deve». A conta deverá ser de dois milhões por ano. Este é o valor da captação da água feita desta barragem pelos agricultores espanhóis de forma ilegal. No total, pelas contas da EDIA, o valor que Espanha deve pela água captada ascende já a 40 milhões de euros.
Este novo acordo vai ser assinado, em Madrid, a 26 de Setembro, um dia antes de assinalarem os 25 anos da Convenção de Albufeira.
