Segundo o vice-presidente da Agencia Portuguesa do Ambiente, Portugal é o país do sul da Europa que mais sofre com as alterações climáticas. Para Carlos Pimenta Machado, as alterações climáticas impactam profundamente Portugal que enfrenta habitualmente incêndios violentos e largos períodos de seca. O que faz com que as actividades económicas e o ecossistema português sejam abalados. Devido a seca, a campanha de cereais para o próximo outono/inverno será a pior de sempre. Mesmo com a intenção de antecipar o compromisso de neutralidade carbónica para 2045 (já não se produz energia através do carvão), Portugal enfrenta grandes desafios, como é o caso da erosão costeira que tem piorado nas últimas duas décadas.
Estas declarações foram dadas numa conferência em Macau sobre o ambiente. Neste fórum ambiental falou-se sobre a gestão de água no território mundial. Neste fórum participação inovadores da área ambiental e decisores políticos tanto da china continental como dos países de língua portuguesa. Lembrar que 50% da água que chega a Portugal provém de Espanha. 23% do mundo estará em stress hídrico se os períodos de secs continuem constantes.
Como as alterações climáticas levaram ao incêndio em Tenerife
As alterações climáticas também são fortemente sentidas em Espanha, onde os incêndios são cada vez mais frequentes. Em 2022, 300 mil hectares foram destruídos por mais de 500 incêndios em Espanha, um recorde na Europa. Militares participam no combate ao incêndio florestal na ilha de Tenerife, que está fora do controlo. O cônsul português garante que não existem cidadãos nacionais afectados por este incêndio que aos poucos está a abrandar. Até ao momento foram consumidos mais de 3 mil hectares de floresta e retiradas quatro mil pessoas nesta ilha.
