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Portugal prepara projeto para suprimir dependência do gás russo

Ideia estará baseada em gasodutos e comboios noturnos para levar o gás natural liquefeito

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Portugal poderá ter uma das alternativas para levar gás a Europa e deixar o continente menos dependente dos combustíveis provenientes da Rússia. A possibilidade da península ibérica ser um cluster energético é cada vez mais forte e a apresentação de inúmeros projetos de hidrogénio verde são o exemplo disso. Portugal (9%) e Espanha são dos países europeus menos dependentes do gás vindo da Rússia que tem que ser pago em rublos. Por outro lado, a Alemanha e a Itália são dois dos maiores importadores desta matéria-prima.

Segundo António Costa, o território ibérico pode suprir 30% das capacidades europeias de gás natural. A ilha energética e a ideia da construção de pipelines que garantam uma comunicação com o resto do continente não é uma ideia recente. O Governo português está a pensar numa ideia que poderá transformar o porto de Sines numa alternativa de abastecimento de gás ao norte da Europa e uma alternativa ao gasoduto Nord Stream 2. Esta solução passaria pelo uso de gás natural liquefeito. O projeto, ideia do novo ministro da economia Costa Silva, está ainda em fase embrionária mas as primeiras reuniões já aconteceram. A Frente Atlântica da Europa pretende demonstrar, novamente, a vocação de transportadores dos portugueses.

De Sines para a Europa

Para começar este projeto de transporte serão aproveitados os investimentos de distribuição de hidrogénio que têm sido anunciados. Para fazer deste sonho uma realidade o objetivo é construir um gasoduto entre Sines e o norte da Europa. A partir do porto de Sines será feito o transhipping de gás proveniente de barcos que tem como origem países produtores, como é o caso da Nigéria.

Os Estados Unidos e as instituições europeias já demonstraram o seu apoio a este projeto. Este vai passar por Espanha e por França para poder chegar a todo o continente. Numa segunda fase, a ideia de Costa e Silva pretende usar comboios noturnos para fazer este transporte. Para tal seria necessário ligar Sines a Badajoz e usar a ligação da rede de TGV espanhola à de França. Estes combustíveis também poderão ser levados para o resto da Europa usando barcos mais pequenos.

Para além do porto de Sines, os gasodutos de Tarifa e Almería (com ligações a Marrocos e Argélia) também podem ser apresentadas como alternativas para a entrada de navios de transporte de combustíveis.

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