Portugal segue onda europeia e expulsa funcionários da Embaixada russa em Lisboa

Partidos políticos portugueses aprovaram o convite para que Zelensky fale na Assembleia da República

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Mais de um mês após a invasão da Ucrânia pela Rússia, a guerra contínua em território europeu. Todos os noticiários apresentam imagens do conflito e este ataca as carteiras de todos os países, inclusive daqueles que ficam geograficamente longe do cenário de guerra. O conflito em solo ucraniano está a provocar a maior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial. Desde que a invasão começou já foram mortos 18 jornalistas.

O presidente da Ucrânia, Zelensky, falou no Parlamento espanhol e defendeu que o que os russos têm feito não é diferente do que outros grupos terroristas fazem. Ainda não há data para uma possível presença por videoconferência na assembleia da República portuguesa. O convite será formalmente feito pelo presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa acredita que apenas tribunais internacionais poderão decidir se Putin é ou não um criminoso de guerra.

Tanto o governo português como Augusto Santos Silva já repudiaram o acontecimento que decorreu nos arredores da capital ucraniana. O secretário-geral da ONU, António Guterres, fala sobre possíveis «crimes de guerra» e Von der Leyen e Borrel irão ainda esta semana a Kiev. O quinto pacote de sanções criado em Bruxelas contra a Rússia vai proibir a importação para solo europeu de carvão proveniente daquela zona.

O massacre e a expulsão dos diplomatas

O massacre de Bucha está a comover o mundo e os países europeus estão a dar ordem para que os diplomatas russos saiam dos seus territórios como retaliação. Portugal também anunciou que vai expulsar 10 funcionários da Embaixada russa. O Ministério liderado por João Cravinho considera que estas atividades são «contrárias à segurança nacional» e como tal têm duas semanas para abandonar o país. Nenhuma destas pessoas é diplomata de carreira. Um terço dos ucranianos que chegaram a Portugal com o estatuto de refugiados já está a trabalhar.

O antigo presidente russo, Dmitri Medvedev, comentou, num artigo de opinião partilhado no Twitter, que pretendem criar uma Eurásia de Vladivostok (a cidade mais a leste do território russo) a Lisboa onde haja comércio livre. Esta ideia, bastante semelhante a União Europeia, foi primeiramente lançada pelo antigo chefe de Estado francês Charles de Gaulle.

Duzentos e sessenta diplomatas russos já foram expulsos de vários países europeus.

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