Na reunião que António Costa e Gerardo Alckmin tiveram esta manhã no Palácio de São Bento, o primeiro-ministro português reafirmou ao vice brasileiro a importância do acordo entre a União Europeia e o Mercosul. Caso este acordo seja alcançado será criado o maior espaço económico do mundo. Este é o principal objectivo da presidência espanhola do grupo europeu.
No encontro, Costa também considerou prioritário o aprofundamento das já excelentes relações luso-brasileiras. A visita do vice-presidente brasileiro pretende dinamizar o comércio bilateral e capitalizar novos investimentos. Em relação ao comércio bilateral, Portugal é o 16º maior investidor no Brasil. Em Abril, uma comitiva, encabeçada pelo presidente Lula da Silva, esteve em Portugal. No país participaram na entrega do Prémio Camões a Chico Buarque e num encontro com empresários.
Alckmin, o vice-presidente com as rédeas do Planalto
Desde que chegaram ao poder, em Janeiro, e devido a preenchida agenda de viagens internacionais de Lula da Silva, Gerardo Alckmin já é o vice-presidente que mais tempo passou na cadeira principal do Palácio do Planalto. Para António Costa, a Europa não pode adoptar politicas proteccionistas, algo sobre o qual o Brasil tem-se queixado bastante.
Estas últimas declarações foram prestadas pelo primeiro-ministro português na sua conta oficial de Twitter. Alckmin e Costa encontraram-se pela primeira vez em 2016, era o agora vice-presidente brasileiro o governador do Estado de São Paulo, que conta com uma forte presença portuguesa. Para além do encontro com António Costa, Alckmin reuniu-se com empresários brasileiros presentes no país (que consideram Portugal uma porta de entrada para a Europa) e almoçou com o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém.
Também ao lado de Marcelo participou no encerramento do XI Fórum Jurídico de Lisboa (onde também esteve presente Temer). A 10ª edição do Fórum Jurídico de Lisboa aconteceu na Faculdade de Direito, na Cidade Universitária.
Enquanto isto, no outro lado do Atlântico, o jurídico vota pela ilegibilidade de Bolsonaro durante um período de oito anos.
