Projecto inovador em território ibérico usa cavalos e bisontes para prevenir incêndios

O eco-pastoreio é cada vez mais utilizado para reduzir o elevado risco de incêndio que o território ibérico enfrenta todos os verões

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Em Espanha e em Portugal estão a surgir vários projectos inovadores que tem como objectivo reduzir o risco de incêndios florestais. Um destes projectos usa bisontes europeus e cavalos raros, como é o caso dos Garranos. Estes animais, através do pastoreio, são capazes de consumir, cada um, 30 quilos de vegetação por dia. O eco-pastoreio é cada vez mais comum e usa inúmeras raças, incluindo burros.

O esforço de colaboração entre humanos e animais apresenta uma mudança no combate aos incêndios de uma forma mais sustentável. Usando raças, algumas delas em risco de extinção, as comunidades da Península Ibérica estão a trabalhar no sentido de preservar o seu rico património natural. No caso dos cavalos, estes contribuem para criar corta-fogos, reduzindo o risco de propagação dos incêndios.

Os Garranos, cavalos pré-históricos, estão a solta na Serra da Cabreira. Os 300 exemplares desta espécie que vivem em estado semisselvagem nesta serra trabalham como sapadores, já que limpam o lugar onde vivem. Estes animais, que correm risco de extinção, limpam os matos e a vegetação que pode servir como combustível para os grandes incêndios que todos conhecemos.

Se em Portugal estão a ser utilizados os cavalos Garranos, em Espanha os humanos e os bisontes europeus estão a colaborar para combater os incêndios. Os bisontes ajudam a manter a saúde das florestas limpando e rejuvenescendo a paisagem que os rodeiam. Os bisontes, que consomem mais de 130 espécies vegetais diferentes, ajudam a evitar que a vegetação rasteira se torne um perigo para os incêndios. Atualmente, a Grécia e a Argélia estão a passar por incêndios devastadores.

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