Vicente foi um jovem diácono da igreja de Saragoça que morreu em Valencia durante uma perseguição levada a cabo pelo Imperador Diocleciano. O Cardeal Tolentino Mendonça acredita que São Vicente é bastante importante para a história de Lisboa. Ao contrário do que muitos pensam, o padroeiro de Lisboa não é Santo António mas sim São Vicente.
Foi há 850 anos que voltaram a Lisboa as relíquias deste mártir. Estas reliquias foram guiadas por dois corvos que fazem parte da bandeira da capital portuguesa. Estas celebrações jubilares vão decorrer até Setembro de 2024. Esta chegada, em 1173, marcou a “cristianização definitiva” de uma cidade com claras raizes muçulmanas. Reza a lenda que seu corpo foi deixado a deriva no mar, acabando por parar em Sagres.
A tentativa de recuperação do corpo foi ordenada por D. Afonso Henriques, que mandou construir o Mosteiro de São Vicente de Fora em 1147, no cumprimento de um voto dirigido a São Vicente pelo sucesso da conquista de Lisboa aos mouros. As reliquias deste Santo estão guardadas na Sé de Lisboa e a festa acontece a 22 de Janeiro. Muitas das igrejas tem uma imagem de São Viccente e uma das mais conhecidas da cidade, São Vicente de Fora, teve mesmo a mão de D. Filipe I. Um dos primeiros sitios que recebeu estas reliquias actualmente é uma loja de decoração.
Portugal voltou a ter uma coroação
Há mais de sessenta anos um Santo não era coroado em Portugal. A mais recente foi, em Mafra, a Nossa Senhora da Soledad.Esta Santa de devoção ibérica começou a ser adorada durante os séculos XVII e XVIII. Em Portugal, a Nossa Senhora da Soledad é especialmente da devoção dos habitantes da freguesia da Arrentela. Isto porque os habitantes deste local, após o terremoto de 1755, foram buscar a imagem para leva-la à margem do Rio Judeu onde a imagem, com um movimento em sua mãozinha, fez com que a água começasse a abaixar.
Uma Santa que mudou de nome
Na localidade das Pedreiras, no concelho de Sesimbra, é póssivel encontrar a Nossa Senhora de El Carmen. Esta ermida foi mandada construir na encosta da serra pela segunda duquesa de Aveiro. A duquesa era bastante devota da Nossa Senhora do Carmo mas como era espanhola decidiu mudar o seu nome. Neste local existe um círio, tal como o que se encontra na ermida do Cabo Espichel. Antes das aparições em Fátima este era o maior culto do país.