Zelenskii falou perante a Assembleia da República e lembrou o 25 de Abril

Sánchez visitou a Ucrânia no dia em que o presidente da Ucrânia discursou para Portugal

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Os países da península Ibérica voltaram a demonstrar o seu apoio a Ucrânia. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e a sua homóloga dinamarquesa visitaram Kyiv. Para além de se ter reunido com Zelenskii, Sánchez condenou os atos cometidos pelo exército russo em Borodianka e reafirmou a solidariedade e o compromisso da Espanha com a Ucrânia. Nas redes sociais, o líder espanhol reafirmou que não vão deixar «o povo ucraniano sozinho». A embaixada de Espanha em Kyiv vai reabrir nos próximos dias e já foram enviados uma dúzia de aviões com centenas de toneladas de armas e material humanitário.

Presidente da Ucrânia falou perante a Assembleia portuguesa

Zelenskii falou por videoconferência perante o Parlamento português numa sessão especial que contou com a presença das mais altas figuras do estado e partidos políticos, exceptuando o PCP. Os participantes nesta sessão envergavam laços com as cores da bandeira ucraniana e entoaram os hinos das duas nações. Todos os presentes marcaram o simbolismo deste discurso acontecer quatro dias antes do 25 de Abril.

Augusto Santos Silva lembrou que a Assembleia está «ao lado de quem luta pela sua vida, pela liberdade e pela democracia» e que o povo ucraniano pode contar com Portugal. No discurso que proferiu, o líder ucraniano comparou o número de pessoas que foram obrigadas a sair do país a todo o Portugal e que os russos já sequestraram duas vezes a população do Porto (500 mil).

Perante o Parlamento lembrou que a cidade marítima de Mariupol, por muitos apelidada como mártir, é do tamanho de Lisboa mas está cercada. «O vosso povo que, daqui a nada, celebra o aniversário da revolução dos cravos que também vos libertou da ditadura, sabe perfeitamente o que estamos a sentir», disse. Para além de pedir armas e apoio na adesão a União Europeia e às sanções contra a Rússia, Zelenskii também apelou a que Portugal faça a ponte com os territórios africanos que não condenaram esta invasão.

Numa nota emitida após o fim desta sessão, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que «Portugal esteve, desde a primeira hora, e está e estará sempre, com o heróico Povo Ucraniano e a sua luta, apoiando, nomeadamente na União Europeia, na NATO e nas Nações Unidas». A possibilidade de uma visita a Ucrânia, tal como fez Pedro Sánchez, de Costa e Marcelo a Ucrânia é uma possibilidade que ainda não é levantada.

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