Brasil pede que coração de D. Pedro voe para as comemorações do bicentenário da independência

O coração do fundador do Brasil e quarto monarca de Portugal repousa no Porto como forma de agradecimento pelo apoio das suas gentes

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#MJG Maria Joao Gala 08 janeiro 2015 _coracao DPedro IV_igreja da Lapa_Porto

O governo brasileiro pediu oficialmente a transladação temporária do coração de D. Pedro para o Brasil para que este possa (de forma póstuma) participar no bicentenário da independência do território que fundou. D. Pedro I do Brasil e D. Pedro IV para Portugal foi o monarca que lançou o grito do Ipiranga que separou a região sul-americana do resto do reino de Portugal.

Para que esta travessia possa ser feita é necessário, a pedido da Irmandade da Lapa, um exame técnico que garanta que nada acontecerá ao coração. Já previamente as autoridades brasileiras requereram uma autopsia para confirmar as causas de morte do antigo monarca, mas este pedido foi negado pela guardiã do coração. Depois do exame os responsáveis por este tesouro do Porto vão decidir se D. Pedro voa ou não para o Brasil.

O coração de D. Pedro está na cidade do Porto, ao qual deu o nome de Invicta. Isto porque foi a partir da segunda maior cidade do país que o filho mais velho de D. João VI e da rainha Carlota Joaquina lançou a contraofensiva liberal que acabou por levar ao exilio do seu irmão, o absolutista D. Miguel. O atual herdeiro ao trono português, D. Duarte, é herdeiro da linhagem que perdeu a Guerra Civil lusitana.

Se é o presidente da autarquia que tem a chave de madeira que abre o cofre onde está o coração, a Irmandade da Lapa é a responsável pela capela onde este cofre repousa pela eternidade. Já o corpo do monarca está na cidade brasileira de São Paulo. O embaixador brasileiro George Prata, um dos coordenadores das comemorações do bicentenário da independência, confirmou que caso este pedido seja aceite o coração vai voar primeiramente para Brasília. «Seria bom para a comemoração conjunta do Brasil e Portugal do bicentenário porque D. Pedro foi uma personalidade importante para os dois lados», frisou.

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