A REN e as gestoras das redes de gás espanholas (Enagás) e francesas (GRTgaz e Teréga) acordam a transformação das suas redes para que as mesmas possam, no futuro, transportar hidrogénio verde. Este é uma energia eficiente, segura e limpa. Este tipo de energia permitirá fazer com que o continente europeu consiga a esperada neutralidade climática até 2050. A descarbonização da economia coloca pressão sobre o setor enérgico.
O hidrogénio permitirá que o continente deixe de ser tão dependente dos combustíveis vindos de fora, especialmente da Rússia. Para que o hidrogénio possa ser transportado as atuais infraestruturas serão adaptadas. O consórcio Green2TSO irá realizar projetos, testes e outras ações para que o hidrogénio verde se torne numa realidade. Para que tal aconteça haverá uma incorporação substancial de novas tecnologias.
O Green2TSO pretende transformar a rede europeia de gás numa rede de hidrogénio. A prioridade deste consórcio será o desenvolvimento de sistemas de deteção e medição de hidrogénio, compressão e armazenamento acima do solo de hidrogénio. Segundo Rodrigo Costa, presidente e CEO da REN, o acordo assinado «é um passo em frente muito importante para a transição energética europeia».
O projeto que vão ter de medição de hidrogénio foi já escolhido pela Comissão Europeia para receber financiamento. No final de outubro, em Bruxelas, os governos de Portugal, França e Espanha chegaram a acordo para acelerar as interconexões na Península Ibérica. A península vai se ligar a França com um novo corredor de hidrogénio verde. Numa primeira fase, estas interconexões vão poder transportar uma proporção limitada de gás natural como fonte temporária e transitória de energia.
