O norte da península ibérica está perante um novo desastre ambiental que está a afetar as praias e pode colocar em causa a cadeia alimentar dos seres humanos. Isto tudo sem esquecer o impacto que pode ter na economia devido às dificuldades que os pescadores têm encontrado com estas pequenas bolas de plástico. Até 2050 corremos o risco de termos mais plástico do que peixes no mar.
A origem desta «onda de plástico» está no derramamento de derrame de 25 toneladas de pellnacionaisets que seguiam num navio com bandeira da Libéria e que estava perto de Viana do Castelo. Estes contentores caíram ao mar no fim do mês de dezembro e agora têm dado a costa. Centenas de milhares de pequenas bolas brancas estão a poluir não só os areais mas também o mar.
A atual contaminação das praias com estes pequenos plásticos pode ser perigosa para os seres humanos pois se os peixes comerem estes plásticos vamos acabar por os consumir. Várias pessoas têm se unido para amenizar o efeito desta onda de plástico que o mar tem trazido, em princípio de Portugal.
Participou na limpeza das praias da Galiza a ONG portuguesa «Brigada do Mar». A limpeza ainda continua e uma das principais dificuldades referidas é o tamanho reduzido destas bolas de plástico, o que faz com que as mesmas se misturem com a areia da praia. Os portugueses puderam apurar algumas técnicas de recolha de pellets de plástico. Esta onda de contaminação, que está a afetar o norte de Espanha, poderá chegar a Portugal na primavera. A contaminação, como o desastre do cargueiro Prestige o demonstrou há exatamente vinte anos, não conhece fronteiras.
As autoridades portuguesas e espanholas têm acompanhado de perto o desenrolar desta «maré de plástico» que tem fustigado as praias galegas e das Astúrias, e que também pode chegar a Portugal. Os biólogos defendem a implementação de um plano de contingência para este tipo de casos.Para combater esta situação apenas se pode reforçar a vigilância das praias, usando também a sociedade civil.