A XII Mostra de Cinema da América Latina, que decorre no Cinema São Jorge até ao dia 12 de Dezembro, abriu, a 9, com o filme El olvido que seremos, de Fernando Trueba. Este filme ganhou o prémio Goya para a melhor obra ibero-americana e fez parte da Seleção Oficial de San Sebastián. Esta película é baseada no livro de Héctor Abad Faciolince, filho do protagonista. Héctor Abad Gómez foi um médico proeminente e ativista dos direitos humanos na polarizada e violenta Medellín dos anos 70. Esta é uma história não só de um pai preocupado com os seus filhos como com todas as crianças desfavorecidas.
Um dos destaques desta mostra cinematográfica foi o documentário El Agente Topo, da chilena Maite Alberdi. Esta obra narra a história de um detetive privado a quem uma cliente pede para investigar um lar de idosos, devido à suspeita de que os residentes são maltratados.
A programação termina, no dia 12 de Dezembro a partir das 19 horas, com a exibição de Hotel Coppelia, de José Maria Cabral. Este é um drama sobre a reviravolta que a vida de um grupo de prostitutas de um bordel, na República Dominicana, sofre quando as tropas dos EUA invadem o país durante a guerra de 1965.
O cinema sul-americano, um veículo de conhecimento
A Mostra de Cinema da América Latina foi criada para acompanhar o movimento cinematográfico no continente sul-americano. Numa América latina multifacetada, o cinema tem um papel privilegiado na transmissão de conhecimento. Nesta programação existe uma grande diversidade e qualidade de películas que representam diferentes países, géneros e realizadores. Todos os diretores, tanto sejam consagrados como os que apresentam as suas primeiras obras, têm espaço nesta mostra de cinema em Lisboa.
As empresas portuguesas JP.IK e ETE foram os patrocinadores, no âmbito da sua responsabilidade social, da 12ª edição da Mostra de Cinema da América Latina. Esta vai acontecer até ao dia 12 de Dezembro no Cinema São Jorge, em Lisboa. Já em 2022, esta iniciativa vai estar presente em Loulé, de 5 a 6 de Março.