Muitas sondagens têm saido sobre a intenção de voto dos portugueses e se algo podemos tirar disto é que quem ganhar o fará por pouco e que a direita deverá crescer mais do que a esquerda. Para além da intenção do voto, a sondagem feita pela Universidade Católica questionou qual destes dois líderes acha mais competente, Luís Montenegro ou Pedro Nuno Santos? A maioria acha que é Montenegro, apesar do escândalo em que está envolvido e que levou às legislativas antecipadas do mês de Maio. Os portugueses acreditam que o social-democrata poderá fazer o país crescer a nível econômico. Apesar do PPM ter tentado impugnar o nome, o Tribunal Constitucional confirma que o PSD e o CDS iram a votos, em coligação, com o nome «AD-Coligação PSD/CDS». Os monárquicos apenas se vão juntar aos outros dois partidos no arquipélago dos Açores. Luís Montenegro garante que só vai governar caso ganhe e afasta qualquer tipo de entendimento com o Chega ou com os próprios socialistas. Montenegro acredita que isto não seria bom para o país.
O líder do PS, Pedro Nuno Santos, tem apelado a concentração de votos no seu partido para evitar uma nova derrota para a AD. No seu programa eleitoral, o PS propõe uma descida do IVA ou a articulação de 500 euros em certificados de aforro para todas as crianças nascidas a partir de 2025. Esta medida serviria como uma espécie de «pé de meia» para o futuro destas crianças. Para Pedro Nuno Santos, o programa da AD só «dá resposta a meia dúzia de portugueses». O resto continua com grandes questões, como é o caso da saúde com urgências fechadas e tempos de espera insuportáveis ou a habitação.
Da lista de possíveis deputados pelos socialistas temos o nome de Eva Cruzeiro, uma jovem rapper de origem angolana e formada em Ciência Política. Nas redes sociais, onde admitiu a sua candidatura disse que a mesma tinha surgido após um convite feito pelo próprio Pedro Nuno Santos. Caso Eva seja eleita vai se juntar a uma vasta lista de deputados de origem lusófona, como foi o caso de Jpacine Katar Moreira (que foi inicialmente eleita pelo Livre e depois exerceu como independente).
Algo que o IL discorda pois acredita que isto ia «desviar recursos» do crescimento económico numa altura em que o mundo pode entrar em recessão devido a guerra de tarifas que o Trump está a colocar a todo o mundo (incluindo uma ilha só habitada por pinguins).
O PAN apela ao voto dos portugueses para aumentar um grupo parlamentar que nas últimas legislativas ficou com apenas 1 deputada. Rui Tavares, do Livre, acredita que este não é um «partido de um homem só» e como tal existem muitos bons nomes para futuros deputados. O Bloco de Esquerda, que apresenta activistas e históricos do partido (como é o caso de Francisco Louça) também pretende crescer nestas legislativas. Já começamos com os debates em antena aberta, sendo os dois primeiros partidos, o Chega e o PAN. Este primeiro pretende lutar contra a criminalidade e a corrupção mas na sua lista de deputados existem pessoas com problemas judiciais.
Serão 28 debates entre os líderes dos partidos até ao final deste mês e mais dois entre todos os partidos já durante a campanha. Ainda não se conhecem os programas eleitorais de todos os partidos. As legislativas vão acontecer no dia 18 de Maio.
Andreia Rodrigues