Portugal e Marrocos «congratulam-se com a candidatura tripartida» ao Mundial de 2030

Candidatura tripartida pretende unir dois continentes e os valores comuns compartilhados

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Os primeiros-ministros de Portugal, António Costa, e de Marrocos, Aziz Akhannouch, reuniram-se na XIV Reunião de Alto Nível Luso-Marroquina. Os governos de Portugal e de Marrocos encontraram-se e falaram sobre o Mundial de 2030 com Espanha, mas não abordaram a participação ucraniana. Os três países pretendem receber o mundial do centenário. No texto emitido, Portugal e Marrocos «congratulam-se com a candidatura tripartida» que pretende unir a Europa a África.

O rei Mohammed VI é um grande adepto de futebol, como se pode ver durante a participação de Marrocos no último Mundial (onde ganhou às duas nações ibéricas). Caso esta seja a candidatura escolhida, será um precedente na história do futebol, já que para além de ligarem dois continentes também vão aproximar o Norte e o Sul do Mediterrâneo. Uma história comum que compartilhamos desde o início da fundação das nossas nacionalidades.

A decisão sobre a candidatura escolhida para receber o Mundial de 2030 será anunciada em 2024 no congresso da FIFA. A declaração conjunta foi assinada no final da XIV Reunião de Alto Nível Luso-Marroquina, que aconteceu no belíssimo Palácio Foz, em Lisboa. No documento, os dois países decidiram avançar para uma parceria estratégica ao nível das relações políticas bilaterais.

Portugal e Marrocos vão reforçar as suas relações

Os executivos de Lisboa e de Rabat vão elevar as suas relações através de uma Parceria Estratégica Global, com base no Tratado de Amizade, Boa Vizinhança e Cooperação assinado entre os dois países em maio de 1994. Ambos os países vão começar a coordenar as suas posições em áreas de interesse comum. Portugal e Marrocos acordaram a criação de um conselho de parceria, co-presidido pelos ministros dos Negócios Estrangeiros.

Para Costa, a confiança entre Portugal e Marrocos baseia-se bastante nos 250 anos de paz em que ambos os países vivem. A missiva oficial anuncia uma candidatura a três ao Mundial 2030, excluindo a Ucrânia. A participação da Ucrânia nesta organização ainda não é um dado confirmado, mas na reunião da UEFA, que aconteceu em Lisboa, António Costa referiu que a candidatura seria de quatro países. Na altura, o primeiro-ministro português disse que pretendiam «organizar o primeiro Mundial de futebol que une, pelo desporto os melhores valores de dois continentes, incluindo a paz».

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